Campo Grande deve vacinar pelo menos 2,3 mil indígenas que vivem na área urbana esta semana

Município é um dos primeiros do país a imunizar este público

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Campo Grande deve vacinar contra covid pelo menos 2,3 mil indígenas que vivem em aldeias urbanas nesta semana. A imunização deste grupo começou no domingo (11), com aplicação de 650 doses. Assim, o município é um dos primeiros do país a vacinar indígenas que que vivem em cidades.

Para o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), a imunização deste grupo é tão importante quanto a dos indígenas que vivem em aldeias afastadas das cidades. “O fato de residirem na cidade não as fazem menos suscetíveis do que os seus parentes que vivem na zona rural. A proteção através da imunização é muito importante para eles, assim como para toda à população campo-grandense”, observou.

Segundo dados do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, 161 povos foram afetados em todo o país desde o início da pandemia.

A Coordenadoria de Defesa da População e Comunidade Indígena de Campo Grande explica que a quantidade aplicada é significativa, mas serão necessárias mais vacinas. “Vamos pleitear novas doses para a população indígena de Campo Grande, mediante um cadastro que estamos realizandoem nossas aldeias, com a colaboração dos caciques. Esse cadastro não será usado somente para fins de vacinação e sim para todo um censo relacionado às comunidades indígenas”, explica Claudély Mendes, coordenadora municipal de Defesa da População e Comunidade Indígena de Campo Grande.

Atualmente, Campo Grande tem 20 aldeias em seu território, sendo oito reconhecidas pela prefeitura, duas em fase de reassentamento e 10 em aglomerados.

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