Cadê o Joca? Além de grades e coleiras, adestramento pode ajudar a conter animais ‘fujões’
Dor e preocupação em perder bichinhos que ‘escapam’ podem ser evitados, dizem tutores
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Fuga de pets, principalmente cachorros, podem ser consideradas comuns. Basta andar pelos bairros de Campo Grande para encontrar um cartaz de ‘Procura-se’. Apesar de grades e coleiras serem as alternativas mais usadas para impedir que eles saiam correndo, adestradores explicam que a solução pode estar na educação do animal.
Recentemente o Jornal Midiamax noticiou o caso do Joca, um cachorrinho que fugiu de casa há um mês, justamente no momento em que seu dono abriu o portão para sair de casa. Após notarem o sumiço do animal, a família que cuida de Joca começou a espalhar cartazes por toda a cidade, mas ainda sem sucesso em encontrar o cachorro.
“Mas eu não desisti dele (Joca). As pessoas ligam eu vou atrás, mas a essa altura eu acho que alguém já deve ter pegado para criar”, comentou Lucia Maria da Rocha, 58 anos, dona do animal.
Educação
Nesses momentos, diversas soluções ‘óbvias’ passam pelas nossas cabeças como: colocar grades nos portões, amarrar o animal, deixar em algum cômodo no momento de sair de casa. Apesar das alternativas serem uma solução momentânea, o adestrador Anderson Pestille explica que a educação pode ser a melhor saída.
“Nestes casos o ideal é treinar o cão, porque o adestramento é uma mensagem que você transmite ao animal. O principal sinal para essa situação é o ‘fica’”, disse Anderson ao explicar que o comando é o mais útil para casos onde portões serão abertos.
O adestrador explica que o treino deve ser realizado aos poucos, primeiramente em um portão pequeno. “O dono precisa ir se distanciando enquanto diz ‘fica’, quando o animal obedecer dever ser recompensado com um petisco ou um pouco de carinho”.
Anderson deixa claro que é preciso paciência do dono ou adestrador, por isso, caso o animal não obedeça é preciso deixar claro o seu descontentamento. “Primeiro é preciso mostrar um sinal facial de descontentamento e depois um verbal, com um ‘não’ por exemplo, não adianta ficar conversando com o cachorro porque ele não vai entender”.
“Após ele se acostumar com o não no portão pequeno, vá para um portão maior da sua casa e faça mesma coisa, o próximo passo é em um ambiente om distrações”, o adestrador comenta que o ambiente com distrações é o mais difícil, pois existem diversas adversidades que podem tirar o animal do ‘fica’ e por isso é o último cenário treinado.
Outra ação que deve ser tomada pelos donos, segundo Anderson, é o hábito de passear com o animal. “Vale levar para passear em frente de casa, na rua, ou dar uma volta no quarteirão, de forma que o animal passeie, explore e se sinta familiarizado com o ambiente, para ele não ficar curioso”.
O adestrador comenta que o ato de passear faz com que o cachorro não fiquei curioso com o que tem na rua e não fuja a cada oportunidade. “Até nós humanos, quando presos saímos correndo pra fora quando pode, imagina o animal”, brincou.
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