Em entrevista coletiva neste domingo (17), o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) afirmou que a autorização para uso emergencial dada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as vacinas CoronaVac e Oxford/Astrazeneca vale apenas para os imunizantes importados, e não os fabricados pelo Instituto Butantan ou Fundação Oswaldo Cruz.

“O Butantan ainda não pediu autorização de uso emergencial para estas doses produzidas no Brasil”, afirmou Pazuello, segundo a CNN. Segundo ele, o OK da abrange apenas as 6 milhões de doses importadas. A CoronaVac é feita pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Quanto à da AstraZeneca, a qual o tentou adquirir sem sucesso doses prontas da Índia, Pazuello concordou e disse que “o negócio é complexo”.

Ainda segundo o ministro, o Butantan deve pedir nos próximos dias a liberação das doses produzidas da CoronaVac, o que depende de “pedir e comprovar suas ações para conseguir a autorização de uso emergencial para as doses produzidas no Brasil”, disse Pazuello.

Mesmo com esse impasse sobre as novas vacinas, Pazuello garantiu que a distribuição das vacinas adquiridas até o momento aos Estados às 7h desta segunda-feira (18). A campanha de vacinação deve começar na quarta (20).

O Ministério da Saúde já prepara os lotes para cada Estado. Em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, confirmou a possibilidade de iniciar a vacinação contra a Covid 48 horas depois de receber as doses.

Nesta segunda, o Governo do Estado também apresenta seu Plano de Vacinação que, conforme divulgado neste domingo pelo Jornal Midiamax, prevê o uso de forças de segurança para a entrega das doses em 597 salas de vacinação –e não a rede de distribuição da Secretaria de Saúde.

Além disso, caso as doses vindas do Ministério da Saúde sejam insuficientes, a SES admite realizar a compra de outras vacinas aprovadas pela Anvisa. O Ministério da Saúde reservou para distribuição gratuita todas as doses da CoronaVac e Oxford disponíveis.