Após mortes em acidentes, moradores protestam por semáforo em avenida de Campo Grande
Pedestre e motociclista morreram após atropelamento
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Após as mortes de Alceu Sanfelice Spolador, de 29 anos, e Jary Ramos de Souza, de 83 anos, moradores do Bairro Maria Aparecida Pedrossian se uniram em protesto cobrando sinalização na Avenida Ministro João Arinos, na manhã deste domingo (14). O trecho da avenida que se transforma na BR-262 é o único acesso para o bairro e não tem sinalização para pedestres e ciclistas atravessarem.
O acidente grave aconteceu no dia 5 deste mês, uma sexta-feira. Alceu conduzia uma motocicleta e acabou atropelando Jary, que atravessava a avenida para entrar no bairro, onde vivia. As duas vítimas ainda foram socorridas e levadas para a Santa Casa de Campo Grande, mas morreram dias depois.
Na manhã deste domingo, aproximadamente 50 moradores do bairro se reuniram para cobrarem sinalização no local. A exigência é de que um semáforo seja instalado, já que apenas uma faixa de pedestre ou uma lombada não seriam respeitados.
Risco de atropelamento
Rosileide Souza, de 54 anos, nora de seu Jary, contou ao Midiamax que após o canteiro ser colocado na avenida, a única entrada de acesso ao bairro passou a ser a da Rua Manoel de Oliveira Gomes. Com isso, todos os moradores que transitam a pé ou de bicicleta acabam tendo que passar por ali.
No entanto, não há sinalização para atravessar a avenida. “Pedimos sinalização para evitar mais tragédias. Já tivemos vários acidentes com óbito. É sempre muito triste, foi muito triste para nós e para a família do motoqueiro também. São famílias moradoras na região há muito tempo”, disse Rosileide.
Andréia Gomes, de 46 anos, lembrou que há 20 anos um amigo do filho, que na época era criança, acabou morrendo atropelado ao tentar atravessar a avenida naquele local. “Até hoje tem mortes aqui. Me comoveu o protesto pelas pessoas que perderam os familiares, pedindo melhorias”, contou.
Ainda segundo Andreia, ela costuma passar pelo local de bicicleta e também enfrenta problemas na hora de voltar para o bairro. O presidente da associação do bairro, professor Janio Macedo, de 62 anos, relatou que pedidos foram feitos na prefeitura para melhoria na sinalização no local, mas este foi o primeiro protesto organizado pelos moradores.
“A situação é recorrente. Há aproximadamente dois anos temos dificuldade de sair da comunidade com veículos também. A fila de carros fica grande”, relatou. Ainda segundo Janio, crianças e trabalhadores que tentam entrar no bairro acabam sofrendo no momento da travessia e se arriscam.
“Temos promessa de que isso vai ser resolvido, porque o projeto já estaria no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)”, contou. Durante a manifestação, os populares chegaram a trancar a avenida por alguns minutos.
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