Apesar de veto, SES aguarda STF liberar compra da Sputnik para imunização avançar em MS

Estado tinha expectativa de celebrar compra da vacina na próxima semana

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A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em negar o pedido de autorização excepcional para a importação da vacina Sputnik V atrapalhou a imunização em Mato Grosso do Sul. Isso acontece porque o Estado participa do Consórcio para aquisição da vacina russa e a expectativa era de celebrar a compra na próxima semana. Agora, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) aguarda decisão do STF (Superior Tribunal Federal).

O secretário de saúde Geraldo Resende explicou ao Midiamax nesta terça-feira (27) que Mato Grosso do Sul estava avançando no processo de compra. O Estado tinha a intenção de comprar 2 milhões de doses da vacina russa. 

“A expectativa era de celebrar essa compra na próxima semana, agora vai retardar tudo”, afirma o secretário.

Resende explica que agora o Estado deve buscar novas alternativas para viabilizar a compra de doses para imunizar a população sul-mato-grossense. “Vamos ter que ver outros caminhos a percorrer para a gente ter acesso à vacina. Vamos ligar para o Consórcio Brasil Central, para ver como podemos resolver essa situação”, diz. 

O titular da SES conta que o Estado ainda aguarda a definição do STF para a importação da vacina. “Entramos como amigos da causa, junto com Maranhão e outros estados”.

Decisão da Anvisa

A Anvisa negou a importação da Sputnik V no Brasil nesta segunda-feira (27). Mato Grosso do Sul possui 2 milhões de doses da vacina russa contra a Covid-19 acertadas em acordo do BrC (Consórcio Brasil Central). Porém, com a decisão da Agência, a vacina não poderá ser importada no momento. A decisão foi por unanimidade entre os cinco diretores da agência.

Alex Machado Campos, relator do processo, disse que a vacina russa aponta para um cenário de riscos impressionante. Em seus votos, diretores da Anvisa ressaltaram a falta de informações e de segurança. “A presença de adenovírus [replicante] pode levar série de consequências, até um surgimento de manifestação e doenças autoimunes”, disse a diretora Cristiane Joudan Gomes.

Uso comercial

Momentos antes da recusa da Anvisa, o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) havia aprovado o uso comercial da vacina russa Sputnik V. A Anvisa tem sido pressionada por integrantes do governo federal e governadores, que apostam na Sputnik como uma ferramenta importante para barrar o avanço do coronavírus no Brasil. Porém, mesmo com a decisão do Ministério, a vacina só poderia ser importada com a autorização da Anvisa, o que não aconteceu. 

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