Apesar de ser um Estado produtor, MS registrou queda no fluxo de fretes no terceiro trimestre de 2021

Baixa produção do milho afetou o volume de escoamento em MS

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Centro-Oeste teve alta no fluxo
Centro-Oeste teve alta no fluxo

Mato Grosso do Sul é um estado exportador e conhecido por sua agricultura e pecuária. Mas, em 2021, registrou pela primeira vez uma queda acentuada (-16%) no volume de fretes. O dado é referente ao terceiro trimestre, período que compreende os meses de julho a setembro.

Segundo estudo da FreteBras, plataforma online de transporte de cargas, a queda foi puxada principalmente pelos fretes de milho. Na comparação entre o terceiro trimestre deste ano com o do ano passado, foi registrada uma redução de 37,6% no volume de fretes do produto.

A produtividade do milho se manteve baixa, devido aos eventos climáticos que afetaram os municípios do Estado, como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, produtores do grão.

De acordo com o levantamento da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do MS), o Estado semeou 2.280.560,47 hectares nesta safrinha, um incremento de 20,3% ante aos 1,895 milhão do ciclo passado. A produtividade média foi fechada em 47,71 sacas por hectare contra a expectativa inicial de 75 sacas. O ciclo anterior chegou ao patamar de 93,4 sacas, registrando queda de 48,9% na produção. 

Sendo assim, a produção final ficou em 6.528.332,40 toneladas ante a projeção inicial de 9,013 milhões de toneladas e as 10,618 milhões de toneladas de 20/21, uma redução anual de 38,5%. “Os principais problemas foram as estiagens prolongadas e geadas no período de desenvolvimento da safra”, explicaram técnicos.

Além de MS, Rio de Janeiro e Distrito Federal também apresentaram reduções, com -12% e -10%, respectivamente. Mas apesar da queda, a região Centro-Oeste registrou alta de 20,6% entre julho e setembro deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

O crescimento foi impulsionado pela confiança das transportadoras na digitalização dos fretes, que tem ajudado as empresas a reduzirem os custos do transporte em até 23%, atacando novos mercados e conseguindo mais agilidade nos processos.

Em todo o Brasil, o volume de fretes teve crescimento de 35% na comparação entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2020. Segundo a pesquisa, o terceiro trimestre de 2021 foi marcado por uma intensa batalha de recuperação econômica, já que a inflação ficou perto dos dois dígitos, além da taxa de juros em plena escalada, redução da renda da população, alta do dólar e dificuldade de acesso ao crédito.

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