Alunos de escola municipal de Campo Grande estudam árvore e projeto é destaque em revista científica
Estudantes fizeram projeto com foco na munguba, árvore comumente encontrada na Capital
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Uma árvore que pode ser encontrada em ruas e praças de Campo Grande virou foco de estudo dos alunos da Escola Municipal Irmã Edith Coelho Netto, no Jardim Colúmbia. O resultado do projeto foi publicado na revista científica Brazilian Journal of Development, do Paraná.
Os alunos da escola municipal estudaram sobre a árvore conhecida como munguba, que é uma PANC (planta alimentícia não convencional). O trabalho teve como objetivo realizar uma análise comparativa da composição próxima das amêndoas munguba com o seu possível consumo, como alternativa alimentar. O grupo testou receitas de castanha assada, bombom e creme de munguba salgado. Os voluntários que experimentaram os pratos aprovaram e relataram que deveriam ser repassados à comunidade escolar.
Com o resultado do projeto, eles observaram que 53,73% responderam que já haviam visto o munguba, e 46,27% relataram nunca tê-lo visto. O estudo também levantou dados nutricionais e apontou o alto teor de lipídios (36,74%) e quantidades relevantes de carboidratos (26,17%) e proteínas (11,49%).
“A parte de que mais gostei do projeto foi a realização das receitas, porque realmente pudemos experimentar como era a fruta. O que me chamou à atenção também foi a árvore estar na escola há bastante tempo e ninguém sabia que era comestível”, afirma Maria Luiza de Souza, aluna do 9° ano.
A professora Tatyane Soares Brasil, atuou como orientadora e explicou a importância da orientação científica e do resultado que proporciona ao ensino e à aprendizagem aos estudantes.
“Acredito que seja muito importante trabalhar a iniciação científica, porque contribui também para os conteúdos em sala de aula, tendo em vista que os projetos de leitura, escrita e produção científica contribuem muito para o ensino e aprendizado. Trabalhamos as descobertas e os alunos começam a ter esse olhar de pesquisador. Isso contribui para que eles entendam como é a produção de um artigo. Quando chegarem em uma universidade já terão conhecimento científico. Percebemos que os alunos ficaram mais motivados”.
A professora Jaqueline Vilas Boas, coorientadora, fala como foi o início do projeto. “Fizemos o convite para toda a escola, dentro do contexto do laboratório de ciências, e os alunos procuraram voluntariamente. É um trabalho de extensão da escola e a nossa função é conduzir, a partir do que eles querem, gostam, e do tema que querem trabalhar.”, afirmou.
“Eu estou radiante com todas as premiações no ambiente externo, porque sou uma grande incentivadora. Apesar da pandemia, não deixamos de produzir, pelo contrário, debruçamo-nos para fazer publicações dos trabalhos, de forma remota.”, afirmou a diretora adjunta, Adna da Silva.
Como começou
A escola deu início ao projeto da horta pedagógica em 2015. Os alunos foram capacitados e tiveram aulas práticas multidisciplinares, de temas variados, e trabalhos de iniciação científica, realizado até 2019, antes do período de pandemia. As atividades na horta pedagógica tiveram a parceria do projeto de extensão da Universidade Católica Dom Bosco/UCDB, além dos alunos monitores da horta.
Já o projeto da munguba, começou no ano de 2018, e a pesquisa consistiu em estudos qualitativo e quantitativo. Os alunos atuaram com aplicação de questionário, análises físico-químicas das amêndoas munguba e preparação de receitas alimentares.
(com informações da Prefeitura)
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