UFMS estuda substâncias de escorpiões de MS como antibactericida de infecções graves
A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), está pesquisando sobre os fluindos e veneno de duas espécies de escorpiões comuns no Estado. As substâncias podem ter efeito antibactericida contra bactérias perigosas, como as que causam infecções: pneumonia, infecções da válvula cardíaca e infecções ósseas. De acordo com os cientistas, as espécies em análise […]
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A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), está pesquisando sobre os fluindos e veneno de duas espécies de escorpiões comuns no Estado. As substâncias podem ter efeito antibactericida contra bactérias perigosas, como as que causam infecções: pneumonia, infecções da válvula cardíaca e infecções ósseas.
De acordo com os cientistas, as espécies em análise são os Tityus serrulatus, conhecido como esporião amarelho e Tityus paraguayensis, endêmico no Estado. Com poucos estudos relacionados aos animais, o objetivo é saber se há na peçonha (substância tóxica) e hemolinfa (fluido corporal), atividades antimicrobianas.
“As peçonhas e hemolinfa de animais são ferramentas importantes para a realização de estudos bioquímicos, fisiológicos e patológicos, bem como para o desenvolvimento de novos produtos biotecnológicos e farmacêuticos. Vimos que esses animais têm alguma atividade contra bactérias, mas ainda precisamos refazer os testes para poder confirmar realmente esses resultados”, diz o professor Malson Neilson de Lucena.
A primeira fase de testes identificou atividade antibactericida para a bactéria Staphylococcus aureus, que pode causar infecções simples e até graves. “Usamos um sangue artificial, sintético, e agora vamos submeter ao Comitê de Ética de Pesquisa em Seres Humanos”, explicou.
Estudos em Campo Grande
Os estudos de casos começaram em 2008 a 2017, onde apontou que os registros de acidentes com escorpiões aumentavam em Campo Grande. A pesquisa também relaciona o que causa a incidência de picadas em períodos do ano. São cerca de 16 espécies no Estado catalogadas no Estado.
“Pensei em fazer uma cartilha para a população, porque existe muita confusão no reconhecimento das espécies e nem todas são peçonhentas. Alertar, por exemplo, que não adianta jogar veneno, porque são resistentes, conseguem fechar as cavidades do seu pulmão para não inalar”, finaliza.
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