Três a cada 4 respiradores hospitalares no Estado estão no SUS
A cada 4 respiradores disponíveis na Saúde em Mato Grosso Sul, 3 pertencem ao SUS (Sistema Único de Saúde), conforme dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (7). O total de equipamentos relatados pela pasta supera em muito o apurado no ano passado, conforme relatado pelo […]
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A cada 4 respiradores disponíveis na Saúde em Mato Grosso Sul, 3 pertencem ao SUS (Sistema Único de Saúde), conforme dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (7). O total de equipamentos relatados pela pasta supera em muito o apurado no ano passado, conforme relatado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em levantamento nacional.
Os respiradores entraram em evidência no Brasil –e no mundo– por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), sendo equipamento considerado vital para garantir a ventilação de pessoas em estado grave que têm a doença. A pressão pela máquina foi tanta que a China, principal fabricante global, não deu conta de atender à demanda. No Brasil, diferentes universidades e empresas se dedicaram a realizar consertos ou mesmo a fabricação de novos respiradores, temendo um avanço no volume de casos, que começou a se concretizar nas últimas semanas em diferentes cidades.
Em Mato Grosso do Sul, conforme o IBGE, havia até o fim de 2019 um total de 866 respiradores, o equivalente a 31 equipamentos a cada 100 mil habitantes. No SUS, eram 636 máquinas, média de 22,8 a cada 100 mil sul-mato-grossenses. As projeções consideram a estimativa populacional do Estado para 2019, de 2.789.862 habitantes.
Com tais dados, o Estado teria a sexta maior disponibilidade de respiradores do país a cada 100 mil habitantes, atrás do Distrito Federal (1.892 equipamentos, 62,7 a cada 100 mil), Rio de Janeiro (7.242 máquinas, 42,9 por 100 mil), São Paulo (17.990, média de 39,1 por 100 mil), Mato Grosso (1.339, 38,4 por 100 mil) e Espírito Santo (1.420, 35,5 por 100 mil). O Amapá (10,4 por 100 mil) tem a pior distribuição.
Em relação aos exclusivos para o SUS, o Estado ocupa a sétima posição do país –Distrito Federal (32,7), Mato Grosso (26,7), Espírito Santo (26,5), São Paulo (24,5), Rio de Janeiro (24,2) e Rio Grande do Sul (22,9) estão à frente. Novamente, o Amapá (8,6) é o lanterna.
A SES, porém, aponta um quantitativo maior de respiradores à disposição: 1.053 no total, sendo 807 no SUS –76,6% do total, ou pouco mais de 3 a cada 4. Os outros 246 pertencem à rede particular. Ao todo, tais dados elevam a média de respiradores para 37,7 a cada 100 mil habitantes do Estado, a quinta melhor marca do país.
Considerando apenas o Sistema Único, são 28,9 equipamentos a cada 100 mil pessoas, a segunda melhor distribuição do Brasil. As proporções também consideram estimativas do IBGE em 2019.
Leitos de UTI
O SUS também predomina em relação aos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), também necessários para os pacientes mais graves de Covid-19. A SES aponta que, em todo o Estado, são 684 leitos disponíveis, sendo 445 do SUS (65,05%) do total e 239 na rede particular.
Apesar dessa abundância, a SES foi à caça na rede privada a fim de contratualizar leitos particulares para uma eventual alta nos pacientes de coronavírus. A medida se fez necessária porque boa parte desses leitos já se encontram ocupados com pacientes de outras doenças ou de acidentes –de trânsito, principalmente. Hoje são 181 leitos exclusivos para a Covid em Mato Grosso do Sul.
Para o IBGE, no fim do ano passado, havia 391 leitos de UTI no total, média de 14 a cada 100 mil pessoas. Só no SUS eram 199, baixando a disponibilidade para 7,16 a cada 100 mil.
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