Sem ajuda federal, Campo Grande pode atrasar salário de maio dos servidores, diz Marquinhos

Nesta terça-feira (19), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) admitiu que o salário dos servidores municipais de Campo Grande referente ao mês de maio pode atrasar. A demora para sanção e repasses do Programa de Enfrentamento ao Coronavírus, aprovado pelo Senado, pode causar dificuldades para a folha de pagamento até o quinto dia útil do mês […]

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Nesta terça-feira (19), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) admitiu que o salário dos servidores municipais de Campo Grande referente ao mês de maio pode atrasar. A demora para sanção e repasses do Programa de Enfrentamento ao Coronavírus, aprovado pelo Senado, pode causar dificuldades para a folha de pagamento até o quinto dia útil do mês que vem.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o prefeito ressaltou que “o Governo Federal injustificadamente tem adiado cada vez mais essa ajuda e não sanciona” o programa de repasses municipais e estaduais. Marquinhos afirmou que sem “essa ajuda, infelizmente os funcionários públicos correm sim o risco de não receber o pagamento no quinto dia útil”

O prefeito da capital sul-mato-grossense disse que a gestão tentará fazer os pagamentos até o quinto dia útil de junho, referente ao trabalho de maio. Durante a live, Marquinhos lembrou que entre as empresas afetadas pela pandemia, a prefeitura é uma delas.

“O que nós estamos enfrentando atingiu a minha empresa também, que é a prefeitura de Campo Grande, a nossa empresa tem sido frontalmente fraturada por esse vírus”, afirmou. Entre os causadores do impacto na prefeitura, Marquinhos citou a queda na arrecadação da receita e explicou que isto implica em “dificuldades e economia interna” durante a pandemia.

Impactos no interior

Enquanto esperam os repasses do Governo Federal, previstos no Programa de Enfrentamento ao Coronavírus, prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul se preocupam em não conseguir realizar os pagamentos dos servidores já no mês de maio. Segundo a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), estima-se que a queda da arrecadação chegue a 40% neste mês.

O presidente da associação, Pedro Caravina, explica que a principal fonte de arrecadação dos municípios é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “Em maio, a queda do ICMS vai ser muito grande, nos mês passado chegou em torno de 35% e nesse mês agora deve se acentuar em 40% de perda”, afirma.

Com a fonte de arrecadação afetada pela pandemia do coronavírus e sem previsão de quando receberão os repasses, as prefeituras do interior de MS admitem que podem não conseguir arcar com os salários dos servidores. “Já ouvi e os prefeitos estão demonstrando preocupação que se o auxílio financeiro não foi sancionado pelo presidente e esse recurso não chegar até o final do mês, muitos vão ter problemas para honrar as folhas total de pagamento”.

Programa de Enfrentamento ao Coronavírus – O Senado aprovou auxílio financeiro aos estados e municípios pode de aproximadamente R$ 125 bilhões. O projeto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o dia 06 de maio.

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