Em comemoração aos 43 anos de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, em parceria com a sua Fundação de Cultura, realiza no próximo dia 11 de outubro, na Concha Acústica do Parque das Nações Indígenas show com o grupo Chalana de Prata e participação especial de Geraldo Espíndola. Apesar da data, a realização do evento divide opiniões pelo momento instável da pandemia do em .

Devido à pandemia do novo coronavírus, durante o evento serão tomadas medidas de biossegurança, como aferição de temperatura na entrada, será disponibilizado álcool em gel, é obrigatório o uso de máscaras. A contratação do evento custou R$ 25 mil aos cofres estaduais.

A arquibancada terá espaços demarcados, com distância de um metro e meio a cada pessoa, permitindo que casais se sentem juntos. Serão 400 lugares demarcados da capacidade normal de público nas arquibancadas, que é de 1.050 lugares. Esta é a primeira edição de um evento aberto ao público realizado pela FCMS após a paralisação de ações culturais no Estado neste momento de pandemia.

“Escolhemos essa data em que comemoramos os 43 anos do Estado de Mato Grosso do Sul para trazer esse show da Chalana de Prata para que as pessoas possam ter um pouco de , cultura e alegria, com total segurança, neste momento difícil. A cultura precisa continuar viva, esse é um dia especial para comemorarmos isso!”, frisa a diretora-presidente da FCMS .

Possíveis riscos

Apesar da motivação para retornar às atividades em uma data tão especial para o Estado, os profissionais da saúde reiteram que o momento da pandemia no estado e em Campo Grande ainda segue em instabilidade com platô elevado.

“Se for feito com lugares marcados e em local aberto, os riscos são menores. Há a necessidade de evitar aglomerações tanto na entrada, quanto durante o evento e saída. Não é momento ideal, precisamos entrar em uma tendência de queda mais clara e média móvel descendente por pelo menos 2-4 semanas”, explica o infectologista Julio Croda.

Com bases nos números SES (Secretaria de Estado de Saúde) desta quinta-feira (8), a média móvel no Estado foi calculada em 472,7 casos por dia, nos últimos 7 dias. Nas últimas 24 horas foram registrados 10 óbitos, elevando o total de vítimas fatais em MS para 1.395 e a média móvel em 12,1 óbitos por dia, nos últimos 7 dias, além de taxa de letalidade de 1,9%.

Atrações musicais

O grupo Chalana de Prata chama a si a responsabilidade de traduzir, para o grande público, o que vem a ser a música do Pantanal. Com Celito Espíndola, no baixo e voz; Paulo Simões, nos vocais e viola de dez cordas e Guilherme Rondon, no violão, e com a participação especial de Geraldo Espíndola.

Um dos componentes do grupo, o músico Paulinho Simões, explica que toda a equipe ficou surpreendida com o convite para este primeiro show presencial.

“Nós estamos ensaiando como se não tivéssemos anos de estrada, é um recomeço. Esse show vai ser muito emocionante para nós, e as pessoas que se dispuserem a ir, vamos começar de novo a estabelecer contato com o público. Fazer live é importante para movimentar a carreira do artista e ser lembrado pelo seu público, mas falta a vibração das pessoas, o aplauso às músicas. Vamos torcer para tudo dar certo. Estamos com uma expectativa parecida com os primeiros shows que a gente fez”.

O show também terá a participação especial do filho de Dino Rocha, Maninho Rocha. Dino era um dos componentes do grupo até antes de seu falecimento em fevereiro de 2019.

“Mesmo quando Dino estava vivo a gente convidava o Maninho para tocar, passando o poder para as novas gerações. O Maninho Rocha, já fazia participações com a gente, é natural que a gente o convide para estar no palco representando o pai. Nós vamos ter um outro sanfoneiro, porque devido à pandemia não tem como a gente ensaiar mais de 20 minutos, o Renan Nonato, sanfoneiro, excelente instrumentista, fantástico, para representar o Dino Rocha. Vai ser o primeiro show que ele faz com o chalana. Ele conhece bastante até as versões originais de Délio e Délinha, Almir Sater, Luis Gonzaga”.

Serviço

Show com Chalana de Prata em comemoração aos 43 anos de MS
Local: Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas
Horário: 19 horas
Limitação: 400 lugares
Obrigatório o uso de máscaras
Entrada Franca