As novas ‘regras’ de convivência em tempo de coronavírus (covid-19) não andam sendo cumpridas por 100% da população campo-grandense. Para quem decidiu se proteger o descaso com o uso da máscara, o desrespeito ao distanciamento e a insistência em festinhas são as coisas que mais irritam no momento em que a população precisa se prevenir.

“Eu uso máscara e me sinto bem. Me incomodo muito por pessoas que não usam e ainda ficam chegando perto da gente. Fico com vergonha de falar e elas se aproxima demais, inclusive da minha filha. Não pode. Elas deveriam saber”,disse Thatiana Moscosso, 23 anos.

Para a vendedora, Karen Correia, 23 anos, a recusa em usar a máscara é um problema grande também. “As pessoas não usarem máscara e encostarem em tudo. Quando vejo os clientes sem máscara ofereço uma e o álcool, mas eles se recusam. Sem cuidado algum”, desabafa.

O cumprimento também é um problema, muitas vezes pelo hábito é automático quando vemos um amigo já nos aproximarmos para o aperto de mão ou até mesmo um abraço, mas Juliano Domingues, 29 anos lembrar que não pode.

“Não pode cumprimentar com a mão ou beijo no rosto. Quando um amigo vem eu já viro o cotovelo para eles. Eles levam na esportiva”, explica.

A saidinha para a rua sem necessidade deixa Tânia Batista, 56 anos, aposentada, muito irritada. “Pessoas devem ficar em casa. Não usam máscara e vem para a rua sem precisar. Só vim aqui porque preciso receber meu pagamento. Tem que ficar em casa e evitar a propagação”, disse.

“As pessoas não lavam as mãos direito”, segundo Daniel Brugato, 25 anos, o péssimo hábito de higiene incomoda bastante nesse período. “A forma errada como as pessoas lavam as mãos mal e, mesmo sabendo que não deviam, levam a mão para cumprimentar”, relata.

E o distanciamento, aquela regrinha para ficar longe por pelo menos 1,5 metro tão desrespeitada nas filas. Para Paulo Landin, 38 anos, barbeiro esse desrespeito é o mais irritante.

“Não respeitar o distanciamento é terrível. Uma regra deve ser cumprida, parece que não estão botando fé no vírus. Fila do banco, no ponto de ônibus, um do lado do outro”, conta.

Festinhas

“As pessoas não estão pensando nelas e no próximo”, diz Jéssica Rabelo, 25 anos. “Elas fazem festas e fingem que não está acontecendo nada nos bairros”, afirmar a servidora pública.

Reclamação também da Nayrin Rodrigues, 18 anos, “Vejo gente postando reunião de amigos, parece que não estão entendendo o que está acontecendo. Se abraçando, se beijando, a coisa está explicita. Não pode, tem que respeitar as recomendações”, relata.

E para Erick Alcantara, 38 anos, o que falta na juventude é empatia. “Os jovens que não se conseguem ficar sem beber, fazendo festa em casa. São ignorantes, acham que não vai pegar. Falta empatia”, completa.