Sala de Crise do Pantanal, sob a liderança da ANA (Agência Nacional de Águas) foi criada frente à uma crise hídrica provocada pela seca em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A sala foi criada para que ações capazes de mitigar os efeitos desta seca, que é a pior já registrada na região, segundo o secretário da Semagro (Secretaria de , Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar), Jaime Veruck.

“O objetivo é nivelar informações, promover a articulação de atores e coordenar ações de gestão de recursos hídricos para enfrentar o que vem se configurando como a pior seca já registrada na região”, resumiu Verruck.

Reunião virtual na última terça-feira (22) reuniu mais de 90 participantes, entre autoridades, gestores e técnicos, que discutiram a situação no Pantanal. Além da seca que está colaborando com as queimadas, o nível dos rios diminuiu drasticamente, prejudicando a navegação e já ameaçando o abastecimento em algumas cidades.

Segundo Verruck, a situação da seca vai se agravar nas próximas três semanas, mas a normalidade das somente em três meses.

Análises de técnicos retrataram a atual situação de baixa pluviosidade como a mais grave das últimas décadas na região do Pantanal, o que leva a redução do volume dos rios e cria o ambiente propício a desastres como os incêndios. Cerca de 3 hectares de matas já foram queimados.

Rio Paraguai

A Sala de Crise do Pantanal vai se reunir novamente, de forma remota, no dia 1º de outubro, quando já devem ser propostas ações concretas para enfrentamento do problema, de forma coordenada e conjunta.

Por enquanto não há risco de desabastecimento das cidades que dependem dos principais rios do entorno pantaneiro, entretanto, a navegabilidade do rio já foi afetada e deve piorar nos próximos dias.

Relatório apresentado pela Capitania da Marinha instalada em Ladário prevê que o nível do rio Paraguai, que já atinge a marca mais baixa na régua existente naquele ponto desde 1947, vai continuar baixando.

Os institutos de Meteorologia estimam que para as próximas três semanas o acumulado de chuvas na região do Pantanal não deva ultrapassar 17 milímetros, insuficiente para apagar os focos de incêndio.