Pedreiro e estudante de música, Raphael toca trombone embaixo de viaduto em horário de pico
Nos intervalos entre o serviço de pedreiro e as aulas a distância no curso de música, Raphael Clamentino Martins, de 26 anos, toca trombone pelas ruas de Campo Grande. Com a frente fria que atingiu a cidade na manhã desta quarta-feira (8), o local escolhido foi embaixo do viaduto da Avenida Ricardo Brandão. Entre 6h30 […]
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Nos intervalos entre o serviço de pedreiro e as aulas a distância no curso de música, Raphael Clamentino Martins, de 26 anos, toca trombone pelas ruas de Campo Grande. Com a frente fria que atingiu a cidade na manhã desta quarta-feira (8), o local escolhido foi embaixo do viaduto da Avenida Ricardo Brandão.
Entre 6h30 e 8h, Raphael toca o instrumento que aprendeu na igreja, antes de iniciar os serviços de pedreiro. Em um condomínio na Avenida Ricardo Brandão, ele troca pisos e finaliza uma obra. O horário de almoço é utilizado para praticar, e ali ele permanece até as 13h, quando volta para casa pois precisa assistir as aulas online do curso de Música, que está no quinto semestre, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Ele explica que o trombone que toca atualmente é semelhante ao que começou quando era voluntário para dar aulas na igreja. O instrumento foi presente ganhado de moradores de outro residencial onde trabalhou. “Eles me viam sempre tocar, ficava na Mato Grosso, outras vezes próximo ao Belmar Fidalgo, e fizeram uma ‘vaquinha’ para comprar. Antes eu tocava com um emprestado da faculdade”, explica.
O barulho dos carros não atrapalha Raphael, que estuda para uma prova prática da faculdade. “Quando me formar quero ser professor, passar num concurso e ensinar. Na igreja ensino para todas as idades, mas sei que essa é a melhor forma para me sustentar, ser professor”, afirma.
O estudante também participa de um projeto de extensão da Universidade, paralisado por causa da pandemia do coronavírus. “A música clássica não é tão bem vista em Campo Grande como em São Paulo ou no Rio de Janeiro, e por isso quero dar aulas. Aqui não existe coral, por exemplo, além do Coral da UFMS, que é voluntário”.
Próximo aos prédios e em horários de grande fluxo de veículos, como são os que Raphael toca, o barulho do trânsito parece não o incomodar. “Tem gente que passa e me dá dinheiro, mas não é por isso que faço”, conta. Os carros e motos passam e buzinam. Com sorriso no rosto, ele acena e continua a praticar.
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