HU diz que vai substituir terceirizados por detentos para ‘otimizar dinheiro público’

Os funcionários de serviços auxiliares do Hospital Universitário estão sendo substituídos por detentos em Campo Grande após decisão administrativa do hospital. Desligados das funções, os trabalhadores questionaram a medida. Conforme a unidade de comunicação social da Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), que administra o hospital, os contratos com as empresa…

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Os funcionários de serviços auxiliares do Hospital Universitário estão sendo substituídos por detentos em Campo Grande após decisão administrativa do hospital. Desligados das funções, os trabalhadores questionaram a medida.

Conforme a unidade de comunicação social da Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), que administra o hospital, os contratos com as empresas terceirizadas permanecem, mas 10 funcionários de serviços auxiliares, como jardineiros e serviços gerais, serão substituídos.

Familiar de um dos trabalhadores questionou a medida e disse que a medida seria ‘intrigante’. Os terceirizados teriam sido desligados nesta quinta-feira (13) e cumprirão aviso até o próximo dia 20.

A decisão partiu da administração do hospital com o apoio do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e a 2ª Vara Criminal da Comarca de Campo Grande, disse a assessoria. A medida seria para ‘otimizar o dinheiro público’, uma vez que contratar os internos gera um custo menor.

Ressocialização

A Prefeitura Municipal de Campo Grande em parceria com o TJMS, firmaram acordo no começo do ano para que os detentos do semiaberto e em livramento condicional seriam usados para ajudar na manutenção e limpeza de praças, parques, calçadas e cemitérios, atendendo a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).

O documento foi assinado no dia 23 de janeiro e a intenção foi possibilitar aos reeducandos a remissão de pena e, também, oportunizar a participação em programas, projetos e serviços que possibilitem uma formação para o trabalho e recolocação profissional para que, quando libertados, sejam reintegrados à sociedade.

Na época, a prefeitura estimou a participação de 50 presos que serão distribuídos em 10 equipes de trabalho que atenderão todas as regiões da cidade.

De acordo com informações do TJMS, o nível de ressocialização de presos está diretamente ligado ao trabalho, diminuindo o índice de reincidência para 10%. Já o detento que não trabalha e sai do presídio sem trabalho tem índice de reincidência de 60%.

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