“É um terror. Não queremos ver nenhum trabalhador sem emprego”, disse Carlos dos Santos, presidente do sindicato dos trabalhadores no comércio de ao Jornal Midiamax na manhã desta quarta-feira (22). Segundo Carlos, a perspectiva para os próximos meses é de mais suspensões e reduções da jornada de trabalho de vários trabalhadores.

Com o número de infectados crescendo no Estado e o cenário econômico incerto, muitos empresários estão suspendendo os contratos de trabalho e outros optando pela redução da jornada com a redução salarial, mas como agora não é necessário mais a homologação junto ao sindicato muitas empresas nem avisando estão mais aos sindicatos sobre as decisões. “Não conseguimos ter um número preciso, mas agora é que as suspensões vão aumentar”, falou o presidente do sindicato.

Carlos afirmou que entre 8 e 10 mil trabalhadores do comércio de Campo Grande já tiveram seus contratos suspensos dos cerca de 45 mil em toda Capital. Mas, um segmento em toda essa crise vem crescendo, segundo ele, o dos supermercados, que estão contratando mesmo que de forma tímida. Cerca de 100 trabalhadores já foram contratados.

Uma grande rede de departamentos, a Renner, acabou fechando suas portas e o presidente do sindicato afirmou que cerca de 150 trabalhadores foram demitidos. Outros cerca de 200 também foram demitidos da concessionária Enzo, na Capital.

“Acredito que lá por meados de setembro é que as coisas voltem a normalizar”, finalizou Carlos dos Santos.

Pandemia

Conforme o boletim divulgado pela secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, totalizou nesta terça-feira (21), 173 casos, dois a mais que os 171 de segunda-feira (20), com 45 em investigação –aguardando o resultado das amostras. Do total de 1.271 notificações, com 1.032 excluídos por testagem e 21 excluídos por não manifestarem sintomas do . Ainda há 21 pacientes internados, 11 em leitos públicos (três em UTI) e 10 em privados (6 em UTI). Houve, ainda, 16 pacientes em alta hospitalar, além dos seis óbitos.