Pandemia impacta tratamentos e mulheres adiam sonho da maternidade em Campo Grande

A pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, tem impactado vários setores e nos centros de reprodução assistida não poderia ser diferente. Mulheres que sonham com a maternidade precisaram adiar o procedimento, mas em Campo Grande, algumas clínicas estão se esforçando ao máximo para conseguir tornar o sonho da gravidez uma realidade para as pacientes nos […]

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A pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, tem impactado vários setores e nos centros de reprodução assistida não poderia ser diferente. Mulheres que sonham com a maternidade precisaram adiar o procedimento, mas em Campo Grande, algumas clínicas estão se esforçando ao máximo para conseguir tornar o sonho da gravidez uma realidade para as pacientes nos próximos dias.

Com medo de ficarem muito velhas para um tratamento de fertilidade quando a pandemia acabar, muitas mulheres tem insistido para tentarem o quanto antes dar continuidade no procedimento. De acordo com a médica Suely Resende, referência em FIV (Fertilização in vitro) em Campo Grande, cada caso das pacientes têm sido analisado com cuidado e as que podem aguardar mais um tempo para realizar o tratamento, têm sido orientadas.

“No começo da pandemia, quando começou a ter um número muito grande de mortes, as pacientes começaram a ficar temerosas. Algumas que estão em uma idade mais jovem, decidiram aguardar pelo tratamento e adiar esse sonho da maternidade, mas teve aquelas que querem seguir com o tratamento assumindo todos os riscos. Mas ainda estamos analisando todos os parâmetros para podermos retornar com os procedimentos na clínica”, explicou a médica.

Na clínica de Suely Resende as recomendações a serem seguidas partem da SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida), assim como a associação no País segue as recomendações das instituições internacionais.

“As pesquisas iniciais das associações mostraram que a princípio esse vírus não causa nada no embrião, mas pode causar na grávida complicações na respiração e isso pode gerar uma intercorrência na gravidez”, disse ao Jornal Midiamax, comentando que muitas pacientes preferiram esperar o período pandêmico passar.

Mas como quase todas as mulheres que procuram um tratamento, o sonho da maternidade não pode esperar. As pacientes mais velhas precisam iniciar o quanto antes o tratamento para que tenham sucesso na fertilização. Desta forma, o impacto emocional de quem sonha em ser mãe é mais um agravante dessa pandemia.

“Eu tenho pacientes que estão com o embrião congelado, pacientes que tiveram endometriose, que precisam fazer o congelamento de óvulos ou as que precisam receber o quanto antes os embriões de óvulos doados. E tempo conta muito para as mulheres que têm mais de 37 anos. Elas não querem e nem podem esperar muito tempo. Então, as pacientes que decidiram prosseguir com o tratamento, precisaram entrar de acordo com vários termos diante da pandemia”, explicou a drª Suely.

Por isso a médica explica que cada caso tem sido analisado com cuidado e tudo tem sido resolvido com as pacientes e, dependendo dos casos, a orientação tem sido adiar ao máximo a transferência dos embriões e sonho de ter um bebê nos braços acaba sendo adiado.

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