Tem um homem te perseguindo? Saiba como se proteger em Campo Grande
Muito se houve falar sobre feminicídio, ou sobre casos em que mulheres fazem parte de uma grande estatística de ser violentada pelo companheiro. Mas e se um dia acontecer conosco? A secretária especial da Cidadania, Luciana Azambuja, explica que a primeira coisa a se fazer é se sentir segura emocionalmente para ter coragem de denunciar. […]
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Muito se houve falar sobre feminicídio, ou sobre casos em que mulheres fazem parte de uma grande estatística de ser violentada pelo companheiro. Mas e se um dia acontecer conosco? A secretária especial da Cidadania, Luciana Azambuja, explica que a primeira coisa a se fazer é se sentir segura emocionalmente para ter coragem de denunciar.
O principal motivo que impede a vítima de procurar ajuda é o medo, a vergonha, filhos que tem com o agressor, ou até mesmo por se considerar dependente financeiramente ou emocionalmente dele.
“A violência contra a mulher é feita por um homem em que a mulher confia, alguém que sabe da rotina dela. Ela se sente envergonhada, achando que isso é um problema distante. As vezes não consegue contar para a família ou para amigos. A primeira orientação que a gente passa é que ela procure ajuda profissional, ajuda de um psicólogo, na nossa unidade temos a disposição. A mulher não pode ter vergonha de sair dessa situação”.
No caso de ontem (1), a professora Maxelline Santos,28, foi assassinada pelo ex-companheiro Valtenir Pereira da Silva. Conforme a família, por um tempo, ela tinha medo de denunciar o rapaz, afinal, ele tinha porte de arma e trabalhava como guarda municipal. O suspeito desobedeceu por várias vezes a medida protetiva.
“A mulher nunca pode esquecer e deve levar em consideração uma agressão, pois se acontece uma vez, pode acontecer de novo. Nunca menospreze o grau de risco do agressor. Isso pode custar a vida dela. Se ela perceber o risco, vá a uma delegacia, procure apoio de um familiar, às vezes, ligar para a polícia, não dá tempo, e até uma viatura chegar, pode custar a vida”.
Em alguns casos, com a vergonha e o medo, a mulher acaba deixando a situação “se acalmar” dentro de casa. Caso não se sentir confortável procurando a polícia, busque auxílio psicológico, se preciso, vá acompanhada de alguém da família, amiga, alguém de confiança. Caso se sinta mais confiante, ligue para polícia ou vá pessoalmente na delegacia fazer o Boletim de Ocorrência. Lembrando que a medida protetiva pode ser solicitada antes mesmo da violência.
Em Campo Grande, a vítima pode ser auxiliada na Casa da Mulher, que é um centro humanizado e especial em casos dessa situação. Com núcleo de serviços administrativos para a denúncia, alojamento de passagem, brinquedoteca para a vítimas com filhos, apoio psicológico, orientação e capacitação de autonomia financeira, já que em muitos casos a mulher depende financeiramente do parceiro.
Outro local onde ela pode procurar apoio é o Centro de Referência à Saúde da Mulher (CEAM), ligada a secretaria da Cidadania. A unidade tem objetivo de promover todo acompanhamento necessário para garantir a integridade da saúde da vítima. A mulher também pode realizar exames de mastologia, ginecologista, encaminhamento para laqueadura e vasectomia, e atendimento psicossocial. As consultas são agendadas pelos telefones 2020-1776/ 2020-1775 / 2020-1774.
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