Mudança na data das eleições municipais divide opiniões em Campo Grande

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) n° 18/2020 que trata do adiamento das eleições municipais, previstas para outubro deste ano, será votada nesta terça-feira (23) pelo Senado. No entanto, em Campo Grande a proposta divide opiniões. O primeiro turno das eleições está marcado para dia 4 de outubro, mas o Congresso Nacional está preocupado com […]

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Imagem ilustrativa | Divulgação | TSE
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A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) n° 18/2020 que trata do adiamento das eleições municipais, previstas para outubro deste ano, será votada nesta terça-feira (23) pelo Senado. No entanto, em Campo Grande a proposta divide opiniões.

O primeiro turno das eleições está marcado para dia 4 de outubro, mas o Congresso Nacional está preocupado com a situação do coronavírus (Covid-19) não só com a ida dos eleitores às urnas, mas também com todo o calendário eleitoral.

Nas ruas de Campo Grande, poucos estão cientes da votação, mas muitos se mostraram a favor da mudança, assim como a agente administrativo Christiane Mendes, 30 anos.

“Eu não sabia da proposta, mas sou a favor sim. Estamos em um omento que não está propicio para ter tanta gente nas ruas, acredito que em dezembro o pico deve estar menor já que a estação será de calor”, explica.

Opinião compartilhada com Luciano Walter, 21 anos, consultor de vendas, que também não sabia da votação, mas acredita que a mudança ajude no controle da pandemia.

“Sou a favor de mudar sim para evitar aglomeração. As escolas vão ficar cheias, se puder mudar para o ano que vem seria ainda melhor”, afirmou.

Para o empresário Isaias de Oliveira, 51 anos, mudar a data das eleições pode dar mais tempo para reduzir a pandemia.

“Se mudar daria mais tempo para diminuir o contágio, do jeito que está hoje não tem condições. Falam tanto em aglomeração, mudar as eleições seria benéfico para a saúde da população”, conta.

Ciente do assunto, a assistente de marketing Bruna Tosta, 22 anos, também acredita que em dezembro o risco do contágio esteja menor.

“Acho que até dezembro o número de casos de coronavírus tenha diminuído e o risco do contágio também. Vai ser menos perigoso. Tem que mudar sim”, diz.

Contrários

Mas também existem os contrários à mudança, como é o caso do motorista Carlos Roberto, 57 anos, que não sabia da proposta, mas acha a votação sem cabimento.

“Se as eleições forem em outubro ou dezembro qual a diferença? Vai colocar um monte de gente na rua do mesmo jeito. Quer dizer que quando chegar dezembro vai ter acabado o coronavírus? Estão tapando o sol com a peneira”, desabafa.

Também contrário está o mototaxista Valdecir Rocha, 56 anos, segundo ele não há motivo para adiar, basta mudar a forma do pleito.

“Eu vi no jornal sobre isso e sou contra. Eles podem apenas estender a votação por dois ou três dias, que não vai ter aglomeração”, diz.

‘Em cima do muro’

Ciente do assunto, Elizabete Almeida, 40 anos, se declara a favor, mas acredita que a decisão depende do ponto de vista.

“Com tudo que está acontecendo sou a favor. Estão fechando um monte de coisa, a gente não pode sair, então porque ter eleição? Mas depende do ponto de vista. Se em dezembro ainda tiver pandemia tem que ver a situação do contágio”, detalha.

Já a manicure Geici Martins, 36 anos, não sabia e nem tinha parado para pensar no assunto.

“Não tinha pensado nisso, mas na situação que estamos talvez seja melhor adiar mesmo para evitar aglomeração. Pelo que as pessoas estão falando, depois de outubro vai ter melhorado e diminui o risco na hora de votar”, explica.

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