Os relatos de campo-grandenses que convivem diariamente com escorpiões aumentam cada vez mais. A história da vez acontece no Conjunto Habitacional da Universitária, onde vive o operador industrial Francisco da Silva, 48, que encontrou cerca de 50 escorpiões apenas no começo deste ano.

Com uma área de serviço pequena e sem nenhum tipo de acúmulo, Francisco conta que costuma encontrar até cinco escorpiões por dia dentro de casa. Os primeiros aracnídeos mortos na casa foram guardados em um pote com álcool, mas o operador industrial comenta que com a frequência não guarda mais eles. “Antes eu até pegava, agora já tô matando e jogando fora”.

Morador da região há mais de 30 anos, Francisco conta que faz uso de todas as dicas e recomendações passadas por especialistas, mas ainda assim sofre diariamente com as invasões do aracnídeo. “Acabo tomando mais medidas de prevenção, por exemplo, as camas são afastadas em torno de 20 cm da parede porque não dá para confiar”, relata.

Francisco conta que além de tampar todos os ralos dos banheiros e pias da casa, eles também tentaram utilizar produtos químicos e venenos. “Minha esposa já passou de tudo aqui em casa, vários venenos e até água sanitária. Nada da jeito aqui, não sei da onde eles vêm”.

O operador industrial revela que todos os dias antes de dormir precisa procurar escorpiões pela casa. “Escureceu a gente já sai para caça”, explica lembrando da rotina que foi adaptada para segurança da família.

Francisco não é o único a encontrar grandes quantidades de escorpiões em casa, Eden Dutra da Silva já encontrou mais de 40 escorpiões na residência apenas este ano. No caso de Eden a casa até foi vistoriada por uma equipe de agentes comunitários em janeiro, e segundo ele, nem mesmo focos de dengue foram encontrados.