Mesmo com Centro movimentado, lojas ficam vazias na véspera do Dia das Mães

Mesmo com grande movimento de pessoas no centro de Campo Grande, comerciantes relatam que as vendas do Dia das Mães continuam afetadas pela pandemia do coronavírus. Até a manhã deste sábado (09), o faturamento de alguns estabelecimentos era 60% menor do que o de 2019, na mesma data comemorativa. Enquanto o movimento de pedestres nas […]

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Mesmo com grande movimento de pessoas no centro de Campo Grande, comerciantes relatam que as vendas do Dia das Mães continuam afetadas pela pandemia do coronavírus. Até a manhã deste sábado (09), o faturamento de alguns estabelecimentos era 60% menor do que o de 2019, na mesma data comemorativa.

Enquanto o movimento de pedestres nas calçadas é grande e o número de carros na 14 de Julho deixa o trânsito lento, as lojas da rua comercial possuem poucos clientes nos corredores. A gerente de um loja de cosméticos, Letícia Laine, 35,  conta que “ontem deu uma movimentada, mas presente mesmo não saiu”. Ela acredita que “as pessoas não estão dispostas a comprar presente, não sabem como vai ficar amanhã e estão segurando”.

Mesmo com Centro movimentado, lojas ficam vazias na véspera do Dia das Mães
Com muitos carros, o trânsito na rua 14 de Julho é lento neste sábado (09).
Foto: Ranziel Oliveira.

Segundo a gerente, o  movimento do estabelecimento foi por conta das promoções e não por conta do Dia das Mães. “As pessoas compram para elas e não para presentes”, comenta sobre as escolhas dos clientes. Para tentar driblar a crise, a loja fez promoções com com estoque que acumulou durante a quarentena, como por exemplo uma paleta de maquiagem que passou de R$ 30 para R$ 5.

A gerente de uma loja de roupas, Kelly Martins, 36, admite que apesar do coronavírus, a quantidade de pessoas na rua é grande. “Mas não está o movimento de compras que esperamos, esperávamos que com o feriado e o frio, venderíamos mais”, explica.

Kelly ressalta que comparado ao Dia das Mães de 2019, a loja não atingiu nem 70% das vendas esse ano. A gerente acredita que a economia é “devido a pandemia e as pessoas estarem com medo” de gastar. Como atrativo, a empresa aumentou o parcelamento nos cartões, de cinco para oito vezes sem juros, com parcela mínima de 20 reais e fizeram promoções de blusas femininas por R$ 19,99 e vestidos a partir de R$ 39,99.

Lucro afetado pela pandemia

A gerente de uma loja roupas e acessórios, Jackeline Santana, 25, explica que o rendimento da loja neste ano é até 60% menor do que o anterior. “No ano passado deu lucro de R$ 80 mil em vendas e até agora apenas R$ 30 mil”.

Mesmo com Centro movimentado, lojas ficam vazias na véspera do Dia das Mães
Campo-grandenses movimento a 14 de Julho na véspera do Dia das Mães.
Foto: Ranziel Oliveira.

Para ela, o movimento está “mais ou menos” e admite que a expectativa para as vendas não está alta. “Nos outros anos o movimento foi mais intenso, hoje está mais fraco”. Assim como as outras gerentes, Jackeline acredita que os campo-grandenses estão evitando gastar com presentes.

“As pessoas estão com medo, as pessoas vem para o centro, mas vem para fazer outras coisas”. Segundo ela, para minimizar os impactos no lucro, a loja montou pela primeira vez kits e cestas de presentes a partir R$ 35 reais e os itens mais vendidos são maquiagens a partir de R$ 10 e perfumes por R$ 30.

Apenas uma lembrancinha

Em conversa com as gerentes, todas afirmaram que o valor gasto pelos poucos que compram presentes para as mães é baixo. Opções mais acessíveis e baratas são as favoritas para quem deseja dar apenas uma lembrancinha para a mãe na data comemorativa.

A professora Karolina dos Santos, 25, é uma dessas pessoas. Resolveu sair de casa durante a pandemia para procurar um presente útil e barato para presentear a mãe.

Segundo ela, a economia foi gerada pela “pela incerteza do amanhã”. Karolina lembra que “muitas pessoas já perderam o emprego, então ninguém sabe quando isso vai passar, por isso a contenção”. Feliz com o achado, um chinelo por R$ 20, ela espera que a mãe goste do presente.

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