Consideradas ambientes favoráveis para transmissão do coronavírus, mais de 51 mil casas têm três ou mais pessoas dormindo em um único quarto em Campo Grande. Os dados foram apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostram que muitas residências na Capital teriam dificuldade em fazer o isolamento social. 

Para quem mora em uma casa cheia, manter a distância é praticamente impossível, por isso conter o alastramento do coronavírus pode se tornar ainda mais difícil. De acordo com o IBGE, 51.185 casas em Campo Grande têm três ou mais pessoas em um mesmo dormitório. O número equivale a 6,51% das casas da Capital. 

Com pessoas vivendo em casas cheias, o distanciamento social, prática recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é uma realidade distante. Caso um dos moradores seja infectado e precise ficar em isolamento social, cumprir a recomendação pode se tornar ainda mais difícil, aumentando o risco que uma família inteira seja infectada pela doença.

As casas cheias são uma realidade principalmente em ocupações e favelas. De acordo com o IBGE, Campo Grande tem 4.516 casas em ocupações, comunidades ou favelas. O número representa 1,45% dos domicílios da Capital.

A realidade das favelas

Em Campo Grande, a realidade dos moradores das favelas é difícil. Aglomerados e sem renda, eles ainda enfrentam a falta de doações devido ao período de pandemia. Reportagens do Midiamax já mostraram que quem já vivia à margem acabou vendo a situação piorar com a chegada do coronavírus. Mesmo com o perigo do vírus, o maior medo é da fome. 

Estrutura do SUS na Capital

Dados do IBGE de 2019 mostram que Campo Grande tem 12,95 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do SUS (Sistema Único de Saúde) e 85,94 leitos hospitalares para cada 100 mil habitantes. No SUS, há 44,53 respiradores para cada 100 mil habitantes.

Os dados ainda mostram que Campo Grande tem 2.511 médicos no total, sendo 280 médicos para cada 100 mil habitantes. Há 140,18 enfermeiros para cada 100mil habitantes da Capital.