A partir desta terça-feira (29) mais 120 brigadistas do Distrito Federal e de Santa Catarina irão reforçar o combate ao incêndio que se alastra no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A situação se agrava mais a cada dia na região e as altas temperaturas tem colaborado para isso. De acordo com as equipes que atuam no combate, os clarões de fogo surgem ‘do nada', às margens dos rios ou na encosta da morraria, divisa entre MS e MT.

São 41 brigadistas que já chegam hoje em Mato Grosso do Sul. Outros 60 do Distrito Federal e 20 de Santa Catarina também foram confirmados para o apoio, anunciou o secretário , da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar).

“Tivemos um final de semana de situação extremamente dramática, saímos sexta-feira de 17 focos no Estado para mil focos no sábado em várias regiões. Então, continua preocupante, continua em alerta e os próximos dias serão de muita seca, baixa umidade e de grande risco de incêndio em todo o Estado”, disse o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Uma das regiões que recebem atenção é a Serra da Amolar, Pantanal de Corumbá, na divisa com MT, que enfrenta situação crítica, agravada ainda mais com as altas temperaturas. Lá estão 65 pessoas, entre bombeiros de MS e Paraná, marinheiros, brigadistas do Ibama, ICMbio e de organizações não-governamentais.

Na tarde desta segunda-feira (28), uma equipe atendeu emergência na Santa Tereza, onde o fogo queimou uma casa de moradores e se alastrou pela vegetação nativa. Pouco antes, por volta de 13h, o incêndio que há uma semana rompe pelo entorno da serra chegou a 30 metros da sede da Reserva Eliezer Batista, onde há uma base para as operações de combate.

Lançamento de água

De acordo com as informações do Governo do Estado, uma estrutura montada centraliza as ações nesta região, situada próxima à divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Esta segunda-feira amanheceu com o céu coberto pela densa fumaça, prejudicando inclusive a navegação fluvial.

Mesmo com pouca visibilidade, o avião Air Tractor, conseguiu realizar seis lançamentos de água, totalizando 12 mil litros, na área crítica – no vale entre as baías Mandiore e Taquaral. Neste ponto, 30 homens abrem uma frente de defesa para impedir a progressão do fogo para a Serra do Amolar e outras duas reservas.

Os bombeiros e brigadistas se revezam na formação de uma linha negra (contrafogo) a 10 km do fogo que avança pelo vale da morraria. Esse fogo também se deslocou no sentido Oeste, em direção da Fazenda Santa Tereza, situada na fronteira com a Bolívia. A equipe de bombeiros que se deslocou por terra para a fazenda levaria 40 minutos de barco e andaria 18 km para chegar ao local.