Hospitais em Campo Grande não estão cumprindo obrigação em informar em tempo real internações de casos suspeitos de Covid-19, causada pelo coronavírus. A alteração na legislação está em vigor há 24 dias, desde 7 de julho.

Diante do descumprimento, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) expediu recomendação aos hospitais públicos e particulares conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul.

O documento dá prazo de 48 horas para que essas unidades para informar à SES (Secretaria de Estado de Saúde) sobre casos suspeitos e confirmados de pacientes com Covid-19, através do sistema https://aplicacao.saude.ms.gov.br/eSICOVID19.

O documento é direcionado aos hospitais HRMS (Hospital Regional de MS), HUMAP (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), Santa Casa de Campo Grande, Cassems, Unimed, Proncor, El Kadri, Clínica Campo Grande, Adventista do Pênfigo, Alfredo Abrão, Associação de Amparo à Maternidade e à Infância – Maternidade Cândido Mariano e Nosso Lar.

A promotoria destacou que, apesar da obrigatoriedade, há indícios de que o sistema não esteja sendo alimentado com informações corretamente. Isso prejudica o monitoramento contínuo da situação epidemiológica da Capital e também a atuação da Gestão Estadual e Municipal de Saúde no planejamento de ações de enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Situação crítica

Reportagem publicada na quinta-feira (30) pelo Jornal Midiamax mostra que apenas 6% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Campo Grande estão vagos. 

Então, 40% dos 234 leitos de UTI disponíveis da macrorregião está ocupado com pacientes confirmados da Covid-19, enquanto 8% é com casos suspeitos. Além disso, 46% dos leitos estão ocupados com pacientes com outras enfermidades.