Geraldo critica baixo isolamento no ‘Estado do ministro da Saúde’ e cobra ações de prefeitos
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou neste domingo (12) que cabe aos prefeitos adotarem as medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) “de acordo com suas realidades”, mas seguindo as orientações do Ministério da Saúde e da SES. Ele criticou o fato de Mato Grosso do Sul seguir, por mais um dia, […]
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O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou neste domingo (12) que cabe aos prefeitos adotarem as medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) “de acordo com suas realidades”, mas seguindo as orientações do Ministério da Saúde e da SES. Ele criticou o fato de Mato Grosso do Sul seguir, por mais um dia, entre as últimas posições nacionais no ranking de distanciamento social –fato que chama a atenção por este ser o Estado do ministro Luiz Henrique Mandetta, defensor do isolamento horizontal.
“As medidas são tomadas pelos prefeitos e prefeitas de todo o Estado, nos 79 municípios. Cada um tem de tomar as medidas de acordo com suas realidades e com o que preconiza o Ministério da Saúde. E queremos que os municípios adotem as medidas que lhe são cabíveis. A autonomia dos municípios é fundamental”, afirmou Geraldo.
Apesar de o Governo Estadual ter anunciado algumas ações de enfrentamento ao coronavírus –como a montagem de barreiras sanitárias e suspensão de aulas na rede estadual–, medidas como restrições ou mesmo o fechamento dos comércios foram condicionadas a prefeitos, em situação diferente do registrado em outros Estados, como Santa Catarina, onde, até sábado (11) foram registrados 732 casos e 21 mortes e o governador Carlos Moisés (PSL) manteve suspensos serviços como o transporte (coletivo, intermunicipal e interestadual) e restringiu a atividade comercial.
Geraldo disse ter contatado prefeituras de municípios onde houve avanço no número de casos –como Batayporã, Chapadão do Sul, Sonora e Dourados– para que apertem o cerco nas ações. Ele ainda lembrou da boa relação com a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, onde na última semana teve início a retomada de setores do comércio e de serviços, bem como do transporte público.
‘Virada’
O secretário estadual de Saúde ainda pregou o aumento do distanciamento social no Estado para a realização de uma “virada” no volume de casos de coronavírus. O percentual de pessoas que não seguem o distanciamento não foi divulgado, contudo, dados da consultoria In Loco –que realiza o serviço para o Ministério da Saúde e os Estados– de sexta-feira (10) conferiram a Mato Grosso do Sul percentual de 54,1%, o sexto pior do país.
O índice, contudo, já chegou a ficar abaixo de 50%, colocando os sul-mato-grossenses como os piores na obediência às regras de restrição. O fato revoltou Geraldo pelo fato de Mandetta, que teve sua permanência no Ministério da Saúde ameaçada por defender o isolamento horizontal (ao contrário do que prega o presidente Jair Bolsonaro), ser de Mato Grosso do Sul.
“Não podemos continuar na última posição. Este é o Estado do ministro da Saúde e temos seguido as orientações do Ministério por meio da direção feita por especialistas, por toda a equipe da pasta”, afirmou, destacando que as medidas foram elaboradas por especialistas com décadas de atuação no SUS (Sistema Único de Saúde).
“Siga as recomendações do ministro Luiz Henrique Mandetta, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde. É assim que vamos sair vencedores dessa guerra que estamos travando com um vírus que gosta de aglomerações, de rodinhas de tereré, de festinhas de crianças e daquilo que, hoje, é altamente condenável: a visita a avós, às vezes com crianças, que vão fazer com que os idosos tenham o Covid e entrem no grupo de risco, de maior letalidade”, advertiu o secretário, reiterando pedido para a população evitar aglomerações. “Fiquem em casa, é o melhor remédio”.
Neste domingo (12), o Estado contabilizou até as 10h um total de 101 casos confirmados em 14 municípios, com 2 mortes.
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