Filhas fazem vaquinha para mãe não ser enterrada como indigente na fronteira de MS

Dioânia Rodrigues Tomicha, 51 anos, foi assassinada a tiros em um barraco na Linha Internacional, na fronteira entre Pedro Juan Cabalero, no Paraguai e Ponta Porã, no Brasil, no último sábado  (6). Caso a família não consiga arrecadar R$ 5 mil para fazer o translado para Campo Grande, ela pode ser enterrada como indigente. Segundo […]

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Dioânia Rodrigues Tomicha, 51 anos, foi assassinada a tiros em um barraco na Linha Internacional, na fronteira entre Pedro Juan Cabalero, no Paraguai e Ponta Porã, no Brasil, no último sábado  (6). Caso a família não consiga arrecadar R$ 5 mil para fazer o translado para Campo Grande, ela pode ser enterrada como indigente.

Segundo Gracielle Tomicha Almeida, 30 anos, sobrinha de Dioânia, que mora em Campo Grande, os familiares só ficaram sabendo da morte nesta segunda-feira (8). “Na realidade a gente nem sabia que ela estava morando em uma favela na fronteira. A última vez que nos encontramos foi em 2011, no cemitério do cruzeiro, no enterro da minha avó”, conta Graciele.

Segundo a sobrinha, a noticia mais recente de Dioânia,  é que ela estava presa em coxim. “Minha tia  era usuária de drogas e por isso os familiares se mantinham distantes. Dos seis filhos delas só tenho contato com duas primas, a Lediane que mora em Santa Catarina e Viviane, que está em Minas Gerais”, diz Gracielle.

Gracielle conta que sua prima está conversando com o funcionário do necrotério de Ponta Porã para fazer o translado do corpo e que o prazo termina ao meio dia desta terça-feira (9). Segundo ela, se dependesse dele o “corpo já tinha sido jogado na cova”.

“Não sei o que vamos fazer. Até agora só conseguimos R$ 1 mil. A vida já é dura para nós, nesse tempo de pandemia então, a coisa fica pior”, revela a sobrinha, que junto com as duas primas,  luta para fazer o sepultamento de Dioânia perto de seus pais.

Sem conseguir esconder o choro, Gracielle conversou com a reportagem do Jornal Midiamax e fez um apelo para tentar fazer o translado do corpo de Ponta Porã para Grande. “Sei que ela viveu uma vida errada e se perdeu no meio do caminho. Mas é um ser humano e merece um enterro minimamente digno e não ser jogada em um buraco dentro de um saco de lixo”, relata a sobrinha, disponibilizando seu contato (67) 9 9163-8445, para qualquer ajuda.

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