Entregadores de aplicativo fazem protesto e ‘buzinaço’ nas ruas de Campo Grande

Os entregadores de aplicativos fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (1) nas ruas de Campo Grande. Os trabalhadores fizeram a paralisação para chamar a atenção dos aplicativos e seguem um movimento que se repete em outras capitais do país. Os entregadores explicam que as reivindicações são por mais direitos nas plataformas, além de uma taxa de […]

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Os entregadores de aplicativos fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (1) nas ruas de Campo Grande. Os trabalhadores fizeram a paralisação para chamar a atenção dos aplicativos e seguem um movimento que se repete em outras capitais do país. Os entregadores explicam que as reivindicações são por mais direitos nas plataformas, além de uma taxa de entrega mais justa. 

A manifestação começou na região do Horto Florestal, na avenida Ernesto Geisel. Os trabalhadores seguiram de moto por diversas ruas do centro de Campo Grande, como a avenida Afonso Pena e as ruas 13 de Maio, 14 de Julho e 15 de Novembro. O protesto terminou na Praça do Rádio, onde os manifestantes se atentaram à distância de pelo menos um metro, para garantir a prevenção ao coronavírus. 

Marcos André, de 37 anos, é administrador de um grupo de entregadores no Facebook. Ele conta que o grupo também conta com a participação de donos de restaurantes e explica que a paralisação tem o objetivo de chamar a atenção dos aplicativos. 

Segundo Marcos, Campo Grande tem cerca de 1,2 mil entregadores por aplicativo, mas muitos optaram por não participar da manifestação por medo de serem bloqueados pela plataforma. “Eu estou bloqueado, não teve justificativa, entrei em contato com o suporte e não responderam”, diz. Marcos afirma que ainda não há ninguém no grupo de entregadores que foi contaminado pelo coronavírus até o momento. 

Jefferson José dos Santos, de 45 anos, conta que trabalha como entregador há oito anos. Atualmente, ele trabalha com dois aplicativos, mas explica que a taxa repassada aos entregadores é muito baixa. 

“O deslocamento até o restaurante não é pago, quando vamos pegar a entrega, é por conta. Só ganhamos o trajeto do restaurante até a casa do cliente”, afirma. 

Um dos organizadores do protesto dos entregadores, Fernando Albuquerque de Sá explica que há um grupo onde realizam um sorteio, como forma de garantir uma renda extra aos trabalhadores. O grupo tem uma mensalidade de R$ 10 e no fim do mês, o dinheiro acumulado é sorteado entre os integrantes. 

Manifestação nacional

Os entregadores de aplicativos fazem uma paralisação nacional e pedem melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra os risco de infecção pelo coronavírus e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e das formas de remuneração. A paralisação foi chamada por trabalhadores de empresas como Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James. 

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