Com avanço do coronavírus, Campo Grande tem 68% dos leitos de UTI do SUS ocupados

Dado foi divulgado neste domingo pela SES; secretária-adjunta adverte que Covid-19 leva a ocupação de leitos de UTI por até 1 mês.

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Apesar de boletins nacionais apontarem Mato Grosso do Sul como o Estado com menor volume de infectados por coronavírus e mais vagas disponíveis para pacientes de Covid-19 na rede hospitalar, números da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que esta folga começa a desaparecer. Em Campo Grande, a taxa de ocupação de leitos de UTI no SUS (Sistema Único de Saúde) chega a 68%.

Os números foram divulgados em live do Governo do Estado na manhã deste domingo (21), quando foram anunciados mais de 5 mil casos de coronavírus e 47 mortes no total, e, em relação aos leitos de terapia intensiva, apontam taxas de ocupação próximas a 80% no total –isto é, de pacientes que não sejam apenas de coronavírus.

Embora os dados indiquem que podem haver vagas a infectados pela Covid-19, também apontam a impossibilidade de que, justamente no momento em que a doença registra aumento no volume de infectados, a quantidade de leitos de UTI ser ampliada.

“Temos pessoas internadas em leitos de UTI do começo de abril. O tempo de permanência da pessoa em um leito de UTI é muito grande na doença, de 3 a 4 semanas. Então, não se faz o revezamento dessa taxa de permanência no leito de UTI”, afirmou a secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone. “O leito está lá, mas paralisado”, prosseguiu.

Ela ainda advertiu que a doença tem uma evolução rápida e, diante de uma alta ocupação de leitos, a prevenção é a única medida viável para evitar a ocupação hospitalar.

Em MS, 147 leitos hospitalares estão ocupados por pacientes de coronavírus

Atualmente, 147 leitos em Mato Grosso do Sul estão ocupados com pacientes de Covid-19. Em Campo Grande, são 37 na rede pública (21 clínicos e 16 de UTI) e 32 na rede privada (13 clínicos e 19 de terapia intensiva). Em Dourados, são 27 leitos clínicos e 18 de UTI públicos; com 14 convencionais e 12 de terapia intensiva na rede privada.

Em Três Lagoas, são 3 leitos clínicos e 1 de UTI ocupados na rede pública e, em Corumbá, 3 convencionais e 5 de terapia intensiva, também no SUS.

Ainda em relação aos leitos de UTI, a taxa de ocupação global no Estado é de 25% envolvendo leitos exclusivos para coroanvírus (199 no total em todo o Estado). Contudo, há um engessamento dentro do total do Estado, conforme destacou a secretária-adjunta.

Em Campo Grande, por exemplo, a rede de saúde conta com um total de 212 leitos. Deste total, 8% estão ocupados com pacientes de coronavírus e 60% com pacientes de outras doenças. Já Corumbá tem 20 leitos, 25% deles com pacientes de Covid-19 e 5 com casos suspeitos; e 50% usados por pessoas com outros problemas de saúde –elevando a ocupação para 80%.

Em Dourados, dos 102 leitos de UTI, 18% estão com pacientes de coronavírus e 7% com casos suspeitos. Outros 26% são usados por pessoas com outros problemas de saúde, gerando ocupação de 51%. E, em Três Lagoas, dos 35 leitos existentes, 3% são usados por pacientes de Covid-19 e 31 por de outras doenças (34% no total).

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