O titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, descreveu como “estarrecedor” o relato de aglomeração em um bar localizado na Rua Antonio Maria Coelho, em Campo Grande, que viralizou nas redes sociais na noite do domingo (21).

“Estamos muito incomodados e muito preocupados. Ontem, mesmo, chegaram a nós muitas imagens de bares totalmente lotados, inclusive, com inauguração. Em plena pandemia”, comentou Resende, durante transmissão ao vivo do boletim da Covid-19 na manhã desta segunda-feira (22).

Na sequência, ele se referiu ao vídeo que viralizou, no qual frequentadores foram filmados aglomerados enquanto cantavam uma música do grupo Mamonas Assassinas, cujos integrantes morreram num desastre de avião.

“Minha compreensão é que as pessoas querem fazer uma festinha onde estão os Mamonas”, pontuou. “É estarrecedor a prática de uma parte da população que não está atendendo as recomendações das autoridades sanitárias”, acrescentou Resende.

Nesta segunda-feira, o boletim epidemiológico da Covid-19 trouxe 154 novos casos da doença, um incremento de 2,9%, elevando o total de casos para 5.391 confirmações em Mato Grosso do Sul.

Entenda o caso

Um bar localizado na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, contrariou orientações municipais e foi flagrado com diversas irregularidades na noite do domingo (21), tais como aglomeração e desrespeito ao uso de máscaras (veja o vídeo).

As denúncias e o vídeo se referem a um evento anunciado para às 17h do domingo e que reuniu centenas de pessoas. Em diversos momentos do vídeo, é possível ver que aglomeração e distanciamento, além de uso de máscaras, não estavam sendo respeitados.

Até a música ao vivo violou a determinação municipal, já que o decreto assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), publicado em 8 de maio, permite apenas voz e violão, com apresentação individual e sem amplificação de som, “respeitando-se as regras de distanciamento estabelecidas”. O vídeo que viralizou mostra claramente três músicos, com mais de um instrumento e uso de caixa de som.

A reportagem consultou a GCM (Guarda Civil Metropolitana), que confirmou ter atendido a ocorrência por volta das 20h30, após denúncias ao 153. Porém, a assessoria destacou que ao chegar no local já não foram encontradas irregularidades e solicitou apenas o encerramento do evento. O Jornal Midiamax tentou contato com os proprietários do bar, mas não conseguiu contato.