Doações caem na pandemia e quem tem pouco sofre com onda de frio em Campo Grande
Chão batido, fossa que corre em frente a entrada das casas construídas de lonas e restos de madeira. Assim vivem muitas famílias nos fundos do bairro Paulo Coelho Machado, próximo a invasão da Homex, em Campo Grande, e com o frio que chegou, praticamente todas as famílias passaram ‘por aperto’ nessa madrugada de sábado (23), […]
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Chão batido, fossa que corre em frente a entrada das casas construídas de lonas e restos de madeira. Assim vivem muitas famílias nos fundos do bairro Paulo Coelho Machado, próximo a invasão da Homex, em Campo Grande, e com o frio que chegou, praticamente todas as famílias passaram ‘por aperto’ nessa madrugada de sábado (23), já que falta até casacos para a proteção das baixas temperaturas. As doações comuns nessa época do ano diminuíram muito por conta da pandemia do coronavírus.
Sem opção por não conseguirem mais pagar aluguel, a família do catador de recicláveis, Diones Aparecido Souza de 30 anos, teve de se mudar para o local. O catador contou para o Jornal Midiamax que mora no local desde setembro de 2019, desde que não conseguiu mais arcar com as despesas de aluguel de R$ 350. Ele mora no barraco junto da esposa, do filho e cinco anos e do bebê do casal de apenas 1 mês, que está internado na Santa Casa depois de pegar furúnculo, por causa das péssimas condições sanitárias do local.
Diones contou das dificuldades enfrentadas neste frio pela família. Com apenas duas cobertas, o catador disse que passou frio durante esta madrugada de sábado (23). “A casa é cheia de buracos, e a luz não é legalizada e quando chove a gente fica sem energia”, falou. O catador ainda contou que ficou dias sem comer durante a semana, mas que não deixa seus filhos e mulher sem alimentação, “Se almoçamos não jantamos”, disse. Para doações (67) 99182-7456.
Leny Carvalho de 59 anos mora no local há 5 meses depois de não conseguir pagar o aluguel de R$ 350. A dona de casa contou que passa muito frio, “Não temos casaco, entra muito vento dentro de casa”. E que quando chove molha tudo dentro do barraco onde ela vive com o marido e o filho de 29 anos, que está com as duas pernas quebradas após cair de um telhado quando fazia um serviço.
“Quando chove ninguém dorme. Tenho de cobrir as roupas com lonas e a gente fica na cozinha esperando a chuva passar”, disse Leny. Os três moradores sobrevivem com a aposentadoria de dona Leny, já que o filho está impossibilitado de trabalhar por causa do acidente e o marido não consegue mais ‘bicos’ para fazer. O filho de dona Leny disse que antes recebiam doações, mas agora pararam, ele acredita ser por causa do coronavírus. Para doações (67) 99125-8379.
Outra moradora do local, Nivia Maria dos Santos de 41 anos também sofre com a chuva e com a onda de frio que chegou. Mãe de sete filhos e com um bebê de 1 mês sonha em ter nem que seja uma única peça construída de alvenaria para abrigar seus filhos do frio em chuva, “quando chove é um problema, pinga dentro da casa”. Antes de se mudar para a região, ela pagava aluguel de R$ 500 sem conseguir arcar com as despesas se mudou com os sete filhos para o local. Para doações (67) 99192-8580.
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