Demanda cai e motoentregadores de apps não ganham mais que R$ 60 por dia
Em casa passando por período de quarentena devido ao Covid-19, o novo coronavírus, os moradores pouco têm utilizado os serviços de aplicativos para pedir comida, de acordo com motoentregadores de Campo Grande. Os trabalhadores, que por questões maiores não puderam ficar em isolamento, afirmam que a demanda caiu e lucro diário não passa de R$ […]
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Em casa passando por período de quarentena devido ao Covid-19, o novo coronavírus, os moradores pouco têm utilizado os serviços de aplicativos para pedir comida, de acordo com motoentregadores de Campo Grande. Os trabalhadores, que por questões maiores não puderam ficar em isolamento, afirmam que a demanda caiu e lucro diário não passa de R$ 60.
À reportagem do Midiamax, Juliano César, de 19 anos, contou que recebeu férias forçadas do trabalho e que para não ficar parado em casa, pois “as contas não param”, decidiu usar a moto para fazer entregas na cidade por meio dos aplicativos.
No entanto, a experiência não tem sido das melhores, pois antes conseguia lucrar até R$ 140 por dia e que teve dia de não conseguir mais que R$ 14 para voltar para casa. A alternativa que encontrou foi fazer entregas particulares para um micro-empresário que vende linguiças caseiras.
Preocupado com as contas mensais, a nova preocupação do entregador Anderson santana, de 25 anos, são as poucas solicitações nos aplicativos. Trabalhando somente com entregas nos restaurantes que fornecem serviços on-line, ele diz que trabalha das 10h até às 22h, e tirava cerca de R$ 120 por dia. No entanto, durante a pandemia do coronavírus, Anderson tem rodado o dia para tirar até R$ 60.
“Estou dando um jeito nas contas, mas a preocupação é que o quinto dia útil vai chegar e ainda vai estar nessa [quarentena]”, disse. Anderson até providenciou álcool em gel para evitar a contaminação pelo vírus e disponibilizar uma máquina de cartão higienizada aos clientes.
Rafael Gardelini afirmou estar desempregado há 1 ano e vê nas entregas de aplicativo a oportunidade de não ficar parado. Conforme ele, as solicitações durante os dias de “confinamento” dos campo-grandenses, tem sido baixa e o medo de não conseguir pagar as contar no fim do mês começa a bater na porta.
“Antes eu estava tirando R$ 130 por dia, agora não chega a R$ 40. Se continuar assim, vou atrasar as contas e escolher entre pagar o aluguel ou arrumar a moto [meio de trabalho]”, pontuou.
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