Coronavírus: sem poder trabalhar, 124 agentes de reciclagem ganham cestas básicas
Um grupo de 124 profissionais de reciclagem que atuam na usina de tratamento de resíduos do aterro sanitário de Campo Grande receberá, na tarde desta quarta-feira (8), cestas básicas para ajudar na subsistência das famílias em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os recursos foram doados pelas regionais de Mato Grosso do Sul do […]
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Um grupo de 124 profissionais de reciclagem que atuam na usina de tratamento de resíduos do aterro sanitário de Campo Grande receberá, na tarde desta quarta-feira (8), cestas básicas para ajudar na subsistência das famílias em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os recursos foram doados pelas regionais de Mato Grosso do Sul do MPT (Ministério Público do Trabalho) e TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
O trabalho conjunto dos órgãos da Justiça do Trabalho, em 20 dias, conseguiu direcionar cerca de R$ 790 mil de multas por descumprimento de obrigações trabalhistas e indenizações por danos morais coletivos para medidas de combate ao coronavírus no Estado. Deste total, R$ 412 mil foram revertidos ao Fundo Municipal de Saúde de Três Lagoas para compra de materiais e insumos.
No caso dos profissionais de reciclagem –ex-catadores de recicláveis que atuavam no lixão antes da inauguração do novo aterro–, a compra de alimentos a serem entregues às 16h desta quarta-feira supera os R$ 45 mil. Eles atuam sob coordenação da CG Solurb, que opera a coleta de resíduos sólidos na cidade e suspendeu as operações da usina de triagem e reciclagem também por conta do coronavírus, a fim de evitar aglomerações e a exposição dos trabalhadores à Covid-19.
Conforme o MPT, estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária respalda a decisão, já que há elevado risco de contaminação dos catadores que atuam na coleta seletiva, sobretudo na triagem, pelo contato com resíduos nos quais o coronavírus pode sobreviver por dias.
Outras ações
A Justiça do Trabalho também contabiliza a aquisição de 500 máscaras N95 para profissionais que atuam nas 17 barreiras sanitárias montadas pelo Governo do Estado na divisa com Estados e no Aeroporto Internacional de Campo Grande, nas quais são realizadas cerca de 7 mil abordagens diárias.
Para Amambai, foram destinados R$ 15 mil para a compra de 50 cestas básicas para a Escola Especial Renascer de Amambai, mantida pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), oriundos de multa a um banco. O MPT indicou a entidade diante das dificuldades enfrentadas por famílias com a suspensão de atendimentos presenciais pela unidade de ensino, também por conta do coronavírus.
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