Coronavírus: média de permanência de pacientes em UTIs do Estado é de 19 dias

Na segunda-feira (20), médicos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul comemoraram a saída da UTI do paciente Edgard Pereira, de 51 anos, que permaneceu cerca de um mês internado. Considerado o primeiro paciente com o novo coronavírus (Covid-19) no HR, ele precisou de terapia intensivo por tempo um pouco maior que a média […]

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Na segunda-feira (20), médicos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul comemoraram a saída da UTI do paciente Edgard Pereira, de 51 anos, que permaneceu cerca de um mês internado. Considerado o primeiro paciente com o novo coronavírus (Covid-19) no HR, ele precisou de terapia intensivo por tempo um pouco maior que a média registrada até aqui, de 19 dias, segundo informou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.

Edgard foi 17º paciente que, no Estado, dependeu de vaga em leito de UTI para se recuperar. Ele precisou ser entubado e, 27 dias depois, foi encaminhado para enfermaria. Cerca de uma semana a mais que o limite máximo registrado até aqui.

“Sabemos pelos dados levantados que tivermos 17 pacientes em UTI. Sete deles já tiveram alta, o que é motivo de alegria, e 9 permanecem internados”, explicou o secretário nesta terça-feira (21), durante boletim que confirmou 173 casos de coronavírus no Estado, com o registro do sexto óbito. Geraldo informou que há, em Dourados, um médico internado que é proveniente do Paraguai e, por isso, integra as estatísticas do país vizinho.

Dentre as internações até aqui, Geraldo Resende destacou que houve casos graves de pacientes que ficaram mais de 30 dias em UTI, “mas a média de internação de Mato Grosso do Sul está em 19 dias. Essa média varia muito, de país para país, de Estado para Estado. Geralmente, fica entre 14 e 21 dias. Duas ou três semanas de pacientes em estado crítico nas UTIs”, destacou.

Geraldo utilizou o dado para, mais uma vez, defender a manutenção do isolamento social para evitar a proliferação da Covid-19. Isso porque, segundo ele, o Estado tem 513 leitos de UTI –alguns ocupados com pacientes de coronavírus e outras doenças– e ainda tenta habilitar outros 211, antevendo um aumento exponencial de casos aguardado para o período do fim de abril ao início de junho. A expectativa é de que, até o fim de abril, sejam 700 disponíveis.

Adiamento do pico

A expectativa era de que a estrutura de amortecimento da Saúde Pública para casos de coronavírus começasse a ser utilizada em meados de abril, mas acabou postergada. Especialistas do setor atribuem a extensão do prazo à adoção do distanciamento social, que evitou um contágio maior pela Covid-19 e não fez com que a doença avançasse na mesma velocidade em que outros países.

Ainda assim, com o abrandamento das regras de fechamento de comércio e serviços públicos e privados, espera-se que haja evolução na contaminação. O coronavírus pode não se manifestar em boa parte das pessoas, que continuam a ser portadoras e a transmitir para outros. Idosos, grávidas e lactantes e portadores de doenças crônicas são mais vulneráveis à doença.

Mato Grosso do Sul, até aqui, segue o perfil nacional de contaminação, com o maior número de casos concentrado entre pessoas de 30 a 39 anos (31,2% dos casos). Em segundo lugar estão as pessoas com mais de 60 anos (19,1%) e de 40 a 49 anos (17,9%). As faixas de 20 a 29 anos e de 50 a 59 anos têm, cada uma, 13,3% dos casos; sendo registrados ainda 2,3% de pacientes com idade de 0 a 9 anos e 2,9% de 10 a 19 anos.

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