Comerciantes de bairros dividem opiniões sobre novo horário de funcionamento após decreto
Afastados do Centro da cidade, os comerciantes que movimentam a economia na Rua da Divisão, no Bairro Parati, dividem opiniões quanto ao novo horário de funcionamento após decreto municipal. A medida determinada pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) estabelece que o comércio funcione até às 17h e feche totalmente aos finais de semana em Campo Grande. […]
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Afastados do Centro da cidade, os comerciantes que movimentam a economia na Rua da Divisão, no Bairro Parati, dividem opiniões quanto ao novo horário de funcionamento após decreto municipal. A medida determinada pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) estabelece que o comércio funcione até às 17h e feche totalmente aos finais de semana em Campo Grande.
Mesmo estimando uma queda nas vendas em 50%, o sócio-proprietário de uma tabacaria, Lucas Ferreira, comenta que a decisão é aceitável diante da situação que a Capital por conta da Covid-19, o novo coronavírus. “É ruim para a gente porque vai cair as vendas, mas se é para o bem de todo mundo. E foi decreto, não tem o que fazer”, disse.
O comerciante comenta que para o ramado de tabacaria, os melhorias dias para as vendas são aos finais de semana e para ele, foi melhor essa medida foi melhor do que o lockdown total.
Alef Nunes, que é sócio-proprietário de um salão de beleza compartilha da mesma opinião, e comenta que estava preocupado caso o Município decretasse lockdown. “Parcial atinge [o comércio], mas não tanto quanto o fechamento total. E com isso eu não concordaria. Para mim, o fim de semana representa um pico, que é quando as pessoas mais procuram o salão”, disse.
No salão de beleza, mais da metade dos rendimentos são aos finais de semana e para o estabelecimento que emprega 4 funcionários, a decisão de fechamento parcial não coloca em risco a falência do local. “Se fosse total, existiria a possibilidade de um fechamento”, disse Alef.
O ramo alimentício
Um dos ramos mais preocupados com o fechamento parcial do comércio, é o alimentício. Restaurantes, lanchonetes e afins, temem sofrer prejuízo.
Assim como João Sérgio, de 43 anos, que é proprietário de uma sobaria na Rua da Divisão, que teme perder estoque caso não consiga realizar as vendas. Ele afirma já sofrer prejuízo de até 80%.
“Sou contra [o decreto], acho que deveria ter um decreto, mas que não prejudicasse todo mundo. Os bares e conveniências vivem lotadas, gente aglomeradas em frente tomando cerveja. Para o restaurante complica mais, se você não vende hoje, o prejuízo é grande. Diferente da caixa de cerveja, que pode ficar guardada”, comentou.
Proprietário de uma sorveteria, Cléber Gélio, concorda com a medida e já estuda novas estratégias de venda para não sair no prejuízo.
“Acredito que a medida vai ser boa, temos que nos embasar na ciência. Devia ter fechado antes, não estaria no ponto que chegou. Com certeza teremos prejuízo, mas a questão é a saúde”, afirmou. A sorveteria estuda adotar o delivery por aplicativo para continuar vendendo aos finais de semana.
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