Coronavírus: com queda de 18%, MS é o 3º estado em redução no consumo de energia
Mato Grosso do Sul foi teve, proporcionalmente, o terceiro maior volume de queda no consumo de energia elétrica do país durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O uso de eletricidade no Estado recuou 18% nos últimos 30 dias, período de adoção de restrições à atividade empresarial para enfrentamento da pandemia. Os dados são da […]
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Mato Grosso do Sul foi teve, proporcionalmente, o terceiro maior volume de queda no consumo de energia elétrica do país durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O uso de eletricidade no Estado recuou 18% nos últimos 30 dias, período de adoção de restrições à atividade empresarial para enfrentamento da pandemia. Os dados são da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Proporcionalmente, Mato Grosso do Sul ficou atrás do Rio Grande do Sul (-30%) e Santa Catarina (-22%), empatando com o Paraná, com -18%. São Paulo, principal polo industrial do país e Estado mais populoso, teve retração de 17%. Os gaúchos já haviam liderado o primeiro ranking.
Em números absolutos, porém, o consumo no Estado é bem menor que os demais líderes: de 877 MWm (megawatts por minuto), o consumo local recuou para 715 MWm. No líder Rio Grande do Sul, os números são de 4.629 e 3.238 MWm, respectivamente.
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul ficou à frente de Mato Grosso (queda de 12%), Distrito Federal (-10%) e Goiás (-7%).
Considerando-se os chamados submercados (que reúnem Estados e regiões), a maior queda foi registrada no Sul, de 24%. O agregado Sudeste/Centro-Oeste teve recou de 13%; o Nordeste, 12%; e o Norte, 5%.
Segregação
Nas quatro semanas após a implementação das ações contra a Covid-19, de 21 de março a 17 de abril, a média de consumo de energia no SIN (Sistema Integrado Nacional) caiu 14% na comparação aos primeiros 20 dias de março. Os dados da CCEE indicam uma redução de até 18% no chamado ACL (Ambiente de Contratação Livre, no qual o consumidor escolhe o fornecedor de energia), impulsionado pelo baixo consumo nos principais setores da economia que negociam no mercado livre.
No ACR (Ambiente de Contratação Regulada, que foca as distribuidoras), a demanda caiu 13% –o percentual foi menor porque este indicador inclui também o consumo residencial, que vem se mantendo.
O estudo ainda é preliminar, e usa como base de comparação as semanas de 1º a 20 de março. O período posterior às medidas de contenção foi atualizado em relação a estudos anteriores, que consideravam o dia 18 de março como o início da quarentena. Roraima, por não integrar o SIN, ficou fora do estudo.
Por segmento, as indústrias automotivas e têxteis tiveram as maiores quedas no mercado livre: no primeiro, a retração chegou a 65%; atingindo 49% no setor têxtil. O setor de serviços teve recuo de 37%; o de manufaturas, -34%; o de minerais não-metálicos, -23%; o comércio, -16%, e os demais de -8%.
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