O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), decretou ontem (16) que seria obrigatório o uso da máscara protetora para poder entrar em estabelecimentos, porém, hoje (17) ele informou que é uma recomendação municipal. Embora não concordar com o termo de obrigação e ter opiniões diferentes, a maior parte dos campo-grandenses aderiu o uso da máscara ao sair de casa.

No centro da Capital, muitos consumidores usavam máscaras tanto descartáveis como as de pano. Ambulantes autônomos faziam pouco uso do material diante do fluxo de pessoas. A recepcionista Sumayra Ferreira,28, conta que ainda não possui uma opinião formada quando ao uso, mesmo usando o EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Acho muito importante porque está prevenindo, mas tem que ser analisado o caso para ter que ser obrigatório”.

Para Juliely Salviano,30, que trabalha como divulgadora e cabeleireira, o uso do material seria necessário apenas para entrar em ônibus, mercados ou comércios com grande movimentação de pessoas. “Ar ao livre não precisa, me incomoda e não dá para respirar. “, concluiu.

Concordando totalmente para a proteção, o professor Afonso José Santos,47, explica que não saiu de casa durante o isolamento social, mas hoje foi até o centro resolver assuntos e pretende finaliza-los no mesmo dia para evitar voltar. “Depois de 30 dias, não estava saindo, mas vim resolver tudo de uma vez. Vim preparado com luva, máscara e álcool em gel na mochila”.

O empresário Marcelo Massuda,40, ressalta que para fazer o uso obrigatório, o município deve distribuir gratuitamente a população que não tem condições de comprar. O primeiro decreto determinava que o comerciante deveria fazer o controle e barra pessoas sem máscaras na entrada do estabelecimento, caso contrário, seria poderia sofrer punições administrativas que iam de advertência a cassação de alvará ou até mandado de prisão.

“Se obriga, tem que liberar para todo mundo usar todo dia. Como tenho comércio, não tenho condições de dar máscara para todo mundo. A gente que é empresário acaba sofrendo”, desabafa.

A prefeitura informou que houve atraso de entrega do material, causando o adiamento da obrigatoriedade, por isso o decreto foi revogado.