Com feriadão e falsa sensação de segurança, almoço em família vira aliado do coronavírus

O que parecia uma ‘simples’ festa de família se tornou uma preocupação para um município inteiro de Mato Grosso do Sul. Uma festa familiar realizada no último fim de semana deixou os moradores em alerta na cidade de Maracaju, a 158 km de Campo Grande. A pessoa infectada pelo coronavírus mora em Campo Grande e teria viajado a Maracaju para a festa. Mas, afinal, por que se reunir com a família pode ser tão perigoso durante a pandemia? 

A recomendação das autoridades de saúde tem sido que as pessoas fiquem em casa e convivam apenas com quem já mora com elas. A primeira coisa a ser levada em conta é que aglomerações não são recomendadas. Outro ponto para levar em consideração ao cogitar comparecer a uma festa é que esse tipo de reunião conta com pessoas de diferentes idades, como idosos e crianças, que podem estar assintomáticos e espalhar o coronavírus. 

Familiares podem confraternizar e almoçar ou jantar juntos, mas só se morarem na mesma casa. Vale ressaltar também a importância de não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. 

Reunião de família terminou com mortos

Festas em família não são recomendadas e uma reunião como essa terminou com mortos em São Paulo. Em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, 28 pessoas foram à uma festa – destas, 14 foram contaminados com o coronavírus. Três irmãos, com mais de 60 anos, tiveram complicações graves e morreram cerca de duas semanas depois.

Segundo reportagem do Jornal Extra, uma servidora de 59 anos deu a festa de aniversário. Ela conta que ficou em dúvida sobre comemorar, mas acabou realizando o evento porque havia poucos casos no país em março. Dias depois, os parentes começaram a apresentar sintomas, como tosse, febre, dificuldade para respirar e diarreia.