Os indicadores do coronavírus estão crescendo de forma acelerada na microrregião de saúde de e o nível de alerta aumenta na região de Mato Grosso do Sul. Dados de uma pesquisa desenvolvida por de três universidades públicas federais apontam que a microrregião de Paranaíba mostrou um rápido avanço em relação à contaminação da população pela doença.

O relatório foi elaborado por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), (Universidade Federal da Grande Dourados) e UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia). Segundo levantamento, de 08 a 22 de agosto, registrou 242 novos casos, com aumento de 123%. Cassilândia teve aumento de 91% no número de casos, registrando 80 novos casos no período. O município de Paranaíba e de registraram aumento de 93 e 06 novos casos, e, portanto, 43% e 20%, respectivamente.

“Esse crescimento da Covid-19 nos municípios da microrregião de saúde de Paranaíba é muito expressivo, considerando que essa microrregião soma menos de cem mil habitantes. É preciso ler e interpretar os dados considerando a exata dimensão do que eles significam para uma análise do processo saúde-doença ser considerada em seu contexto territorial”, alertou o professor Adeir Archanjo da Mota, que é especialista em Geografia da Saúde e professor da UFGD. 

Além dos novos casos, os quatro municípios registraram oito óbitos em duas semanas, sendo dois em cada município dessa microrregião. No período de 1º a 15 de agosto e de 8 a 22 de agosto, Paranaíba passou de 0,69 para 1,25 de índice de morbimortalidade; Aparecida do Taboado mais do que dobrou o índice, passando de 1,95 para 3,92; Cassilândia também registrou aumento, passando de 1,08 para 1,79, respectivamente; e, Inocência cresceu de 0,57 e 1,04, respectivamente.

“Em todo esse período que analisamos – de 18 de julho a 22 de agosto – Aparecida do Taboado e Paranaíba apresentaram crescimento significativo e constante nos níveis de alerta. Já Inocência e Cassilândia apresentaram crescimento, um tímido recuo e voltaram a crescer novamente de 15 a 22 de agosto”, explicou Mauro Henrique da Silva, pesquisador da UFMS.