Com a pandemia de coronavírus, as aulas presenciais nas escolas estaduais e municipais estão suspensas há mais de seis meses em Mato Grosso do Sul. Porém, uma aldeia indígena isolada no vive uma realidade muito diferente. Na aldeia Uberaba, na região de Porto Índio, as aulas sequer chegaram a ser suspensas e as crianças continuam indo à escola normalmente. 

As aulas continuam devido a aldeia estar em uma região muito afastada e que ainda não teve nenhum registro de casos de coronavírus. A SED (Secretaria de Estado de Saúde) explica que a continuidade das aulas presenciais na Indígena João Quirino de Carvalho – Toghopanãa foi um pedido da própria comunidade.

Para chegar à comunidade, a é longa. A aldeia está localizada na Ilha Ínsua, região territorial do município de e a 36 horas de barco da área urbana da cidade, na divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso e fronteira com a Bolívia. A aldeia conta com cerca de 50 famílias.

Uma resolução da SED publicada nesta quarta-feira (30) em Diário Oficial mantém a oferta das aulas presenciais na escola. A resolução considera que, além do fato da aldeia ser isolada e não ter casos de coronavírus, não há internet para atender os alunos com aulas remotas.

A escola atende 43 estudantes, distribuídos em 6 salas de aula, e que o número, por sala, situa-se de 6 a 10 estudantes matriculados e frequentes. Atualmente, são 8 professores, sendo 6 indígenas e 2 não indígenas, que estão contratados para ministrar aulas, os quais residem na ilha e descem apenas uma vez por bimestre ao município de Corumbá.