Nem mesmo com o endurecimento do fechamento da fronteira na Bolívia com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, tem impedido que pacientes bolivianos sejam levados para o hospital da cidade, que pode ficar sobrecarregado em tempos de pandemia.

O envio constante dos pacientes vindos da Bolívia tem ocupado cerca de 30% dos atendimentos feitos pelo hospital da cidade, que também atende Ladário, e isso tem gerado muita preocupação para os moradores, que temem ficar sem atendimento médico em época de coronavírus.

Segundo o site Folha MS, o hospital de Corumbá tem apenas 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis para atendimento no CTI da unidade de saúde. Um médico contou que os pacientes vindos da Bolívia, geralmente, já chegam em estado grave, e demandam alto custo nos procedimentos e longo tempo de internação.

Um morador chegou a questionar a atitude através das redes sociais, “Até quando a Bolívia vai ver Corumbá como um depósito de pacientes? É preciso que as autoridades se posicionem e imponham um limite, nós brasileiros que pagamos essa conta e teríamos em tese o direito a um atendimento digno não recebemos da forma como deveria ser, vamos ter também que arcar com o custo de atendimento dos estrangeiros?”, questionou.

Na última quinta-feira (26), a Bolívia tomou medidas drásticas no fechamento total de sua fronteira, no combate ao coronavírus (Covid-19). A ordem foi para fechamento total das fronteiras. Agora quem for pego fora de casa fora dos horários permitidos, das 7 horas da manhã até as 12 horas será multado em 1 mil bolivianos. Motoristas que forem flagrados dirigindo serão presos por até oito horas e também serão multados em 2 mil bolivianos, segundo informações passadas para o Diário Corumbaense. Para fazer o controle de quem pode ou não sair às ruas foi criado um sistema de rodizio usando a numeração da carteira de identidade.