Ligadas pelo tórax, as gêmeas siamesas Maria Julia e Luna nasceram na última sexta-feira (3) na . Pesando juntas 3,8 kg, as irmãs são o terceiro caso de gêmeos siameses que nascem no hospital nos últimos seis anos.

A mãe das gêmeas, Alice Aparecida Silva Gill, conta que descobriu da situação das filhas no primeiro ultrassom. “No dia oito de agosto do ano passado fiz meu primeiro ultrassom e já fui informada da situação das meninas que estavam interligadas. Aí meu mundo e do meu esposo caiu, pois sabemos que é um caso muito delicado”, contou.

Durante a gestação, Alice ficou internada na Santa Casa por quatro vezes e, agora, a expectativa é sair do hospital com as filhas nas mãos. “A primeira vez que eu fiquei internada estava com 28 semanas aí depois disso ficava uma semana em casa e a outra aqui no hospital até o momento do parto. Agora queremos que elas fiquem forte logo e levar elas para casa. Estamos torcendo para que tudo dê certo”, disse.

As gêmeas seguem internadas em estado grave, mas estável. Elas permanecem internadas na (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e respiram com a ajuda de aparelhos. Elas seguem sendo medicadas com antibióticos, alimentação parenteral, recebendo acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar.

A separação das gêmeas depende da anatomia interna em relação a quais órgãos e de que forma são compartilhados. “Nos outros casos, uma das duplas de gêmeos foram estabilizados e transferidos para já os outros gemelares foram a óbito ainda no pronto-socorro pediátrico (nascidos em Três Lagoas). São casos raros que precisam ser estudados minuciosamente antes de tomarmos qualquer decisão. As gêmeas estão sendo acompanhadas por toda equipe multiprofissional e recebendo o melhor tratamento para elas no momento”, explicou o neonatologista, Dr. Walter Perez.

A cirurgia de separação ainda não tem data definida.