Neste último fim de semana, o Jornal Midiamax recebeu diversas denúncias de pessoas desrespeitando as normas decretadas pela Prefeitura em relação ao isolamento social em Campo Grande. Bar lotado com música ao vivo, motoristas fazendo o famoso “zerinho” nas ruas e até baile funk cheio de jovens bebendo.

Porém, tem lugar que retomou as atividades de forma correta e seguindo todas as medidas recomendadas pelas autoridades. Afinal, sobreviver à crise causada pela pandemia é o foco de todos comerciantes.

No mesmo fim de semana onde aconteceram todos os casos citados acima, Mc Negão foi conferir um bar no bairro Taquarussu. “A gente está trabalhando com as normas. O prefeito autorizou 40% da casa até meia noite. Estamos tentando ganhar nosso dinheirinho”, diz Toninho, dono do local.

Quando a pandemia apareceu, ele sentiu no bolso os efeitos que ela resultou. “Difícil, hein? No tempo parado tive que dispensar gente e recorrer ao dinheiro do governo. Torcer para que tudo volte ao normal”, pede Toninho.

Quem também não está passando por bons momentos são os músicos que tocam nos bares e restaurantes. Na primeira semana de maio, a prefeitura decretou que apenas voz e violão aconteçam nas casas. Para quem vive exclusivamente disso, agradeceu as mudanças. “Está ajudando. Muitas campanhas foram feitas. Fico muito grato e que isso tudo passe logo”, afirmou Rafa Gaiteiro, como é conhecido em alguns bares da cidade.

Igrejas 

A igrejas também puderam abrir as portas após dias sem receber fiéis. A reabertura dos templos foi autorizada no dia 18 de abril pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Contudo, segue proibido a presença de idosos nos locais, além da recomendação de uso de máscara e lotação de apenas 30% da capacidade do local.

Mc Negão também marcou presença em uma delas, localizada no Parque do Lageado. Lá, os fiéis devem entrar com máscaras e higienizar as mãos com álcool em gel. Após a reabertura, o local passou a receber mais pessoas seguindo as normas.

“Têm obecedido. Tudo certo!”, alega a pastora Marlene Porto.” No tempo fechado, eu fazia as orações por WhatsApp e alguns cultos na varanda, com poucas pessoas. Aqui estamos cumprindo horário. Tudo certinho! Seguir as regras e obedecer”, pontua Marlene.

Muitas denúncias 

Após os decretos municipais de toque de recolher e as recomendações para evitar aglomerações, o 153 da Guarda Municipal de Campo Grande aumentou. As equipes pedem que a população tenha paciência até que a chamada seja atendida.

De acordo com a corporação, no último domingo (17) foram 230 ligações atendidas pela pela equipe. Dentre elas, 150 foram sobre a quarentena. “Temos sete pessoas atendendo as ligações, mas a demanda é grande. Pedimos para que as pessoas tenham paciência que elas serão atendidas”, explicou a Guarda.