A (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) divulgou nesta segunda-feira (25) o Observatório do Turismo do Estado. A pesquisa revelou que mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, o mercado em Mato Grosso do Sul já vinha registrando baixa no comparativo de alta temporada, em relação ao ano passado, na busca por atrativos turísticos, hotelaria e fluxo de desembarque.

Conforme o balanço de dezembro e janeiro deste ano, o fluxo de desembarque aeroportuário, em , houve baixa de -6% de turistas. Em 2019, 57,93% turistas desembarcaram no município, já no mesmo período deste ano apenas 54,41%. Passageiros dos Estados Unidos, Japão e Bolívia lideram o desembarque, sendo 47,2% na Capital, 29,4% em Bonito e 8,9% em Corumbá. No cenário nacional, as principais origens vinham de São Paulo (44%), Rio de Janeiro (14,6%) e Mato Grosso (7,6%).

No fluxo rodoviário, a variação foi positiva de +11%. No ano passado 31% turistas desembarcaram na Capital, enquanto em 2020 foram 37% turistas. Os turistas internacionais mais frequentes vinham do Canadá (21%), Haiti (16%) e Israel (16%). Destes, os principais destinos para desembarcar eram Corumbá (53%) e Bonito (26%).

Em Bonito, um dos destinos mais procurados no Estado, a taxa de ocupação registrada foi de 64%, sendo 3,03% a menos que no período anterior. A Capital registrou índice de queda ainda mais acentuado, sendo de -19% em ocupação.

O levantamento também relaciona os atrativos turísticos de Bodoquena, a variação positiva foi de apena +2,15%. Passeios de aventura tiveram procura de +9,43%, balneários -3,45%, cachoeiras +20,63%, flutuação -0,23%, passeios em gruta -1,41%.

A presidente da Associação Vist Pantanal, Cristina Moreira Bastos, explica que empresários tinham grandes expectativas de faturamento para este ano em vários segmentos do ramo como , passeios de aventura e visitação. O setor começaria aquecer já no mês de março, período que começou a crescer o número de casos de Covid-19 no Estado e, conseguintemente, atrativos suspensos para evitar o avanço da doença.

“O ano começou bem. Dezembro foi bom, não temos projeção geral, mas não estava ruim. O período de pesca abriu em fevereiro, grupos agendados a partir de março, abril, e etc. No segundo semestre já estava lotado de reserva. Estávamos com uma perceptiva de que esse ano seria um dos melhores para a gente. O que a gente tinha acabou e estamos nessa situação. Antes da pandemia, os agendamentos estavam ótimos. Para se ter uma ideia, ainda em janeiro as agendas de maio já estava pronta e com muita procura”, lamenta.

Segundo o presidente da Fundtur, Bruno Wendling, este balanço auxilia a administração nortear decisões e políticas de promoção para os municípios que mais apresentaram dificuldades. Além disso, ressalta que a fundação está pressionando para que o Governo tome decisões a favor de empresários.

“Estamos articulando viabilização de verbas. A Fungetur (Fundação Geral de Turismo), anunciado há 2 semanas, de R$ 5 bilhões, mas ainda estamos instanciando entre as medidas que são anunciadas para articulação junto com os bancos e financeiro de ponta. Nossos empresários estão precisando de recursos. Se pegar tendências e estudos mundiais, apontam para uma retomada lenta do setor”, disse.

Wendling também ressalta que a fundação está acompanhando sobre o pedido da (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul), para antecipar feriados. “Nem passa pela cabeça do Governo (Estadual). Não esta prestes a ser tomada (decisão), porque não cabe a situação, por mais que estamos seguros em algumas regiões. A fundação entende que isso pode gerar prejuízo para o setor, claro que temos que condicionar a evolução da pandemia, o estado ainda está conseguindo controlar, mas atentos e vigilantes”, conclui.