Animais de estimação podem adoecer e transmitir coronavírus? Veterinário responde

Os animais podem ser infectados pelo novo coronavírus? Se contaminados, podem transmitir a doença aos seres humanos? Essas são algumas das perguntas que surgiram junto com a chegada do vírus no mundo, principalmente após notícias veiculadas pela imprensa sobre casos de animais que testaram positivo para a Covid-19. De acordo com o médico veterinário Fernando […]

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Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução
Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução

Os animais podem ser infectados pelo novo coronavírus? Se contaminados, podem transmitir a doença aos seres humanos? Essas são algumas das perguntas que surgiram junto com a chegada do vírus no mundo, principalmente após notícias veiculadas pela imprensa sobre casos de animais que testaram positivo para a Covid-19.

De acordo com o médico veterinário Fernando Zacchi, assessor da presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária, não existem evidências de que cães e gatos possam ser infectados e transmitir a doença para outros animais ou humanos.

Segundo ele, o que se sabe até agora é que foi encontrada a partícula viral em animais que tiveram contato com pessoas que testaram positivo. Zacchi destacou ainda que os animais, principalmente os domésticos, não têm um papel importante na cadeia epidemiológica da Covid-19. E afirmou que a única certeza até o momento é que a doença se transmite de humano para humano.

“O fato de ele testar positivo não significa que ele tem capacidade de nos transmitir. Só significa que foi encontrada partícula viral. Com relação a animais de zoológico não existe recomendação específica, até porque o caso que se relatou, do zoológico do Bronx, da tigresa, foi feito o teste em razão de ter uma pessoa que estava positiva, e os animais apresentavam sintomas respiratórios. Hoje, epidemiologicamente, eles não representam um risco significativo”.

No entanto, o Conselho Federal de Medicina Veterinária recomenda aos donos de pet o mesmo cuidado de higiene e distanciamento social. Leve seu bichinho de estimação para a rua apenas em casos de necessidade, e ao chegar do passeio, faça higienização das patas.

O veterinário Fernando Zacchi também faz outra recomendação, caso a residência tenha uma pessoa com suspeita ou confirmação de coronavírus.

“Que essa pessoa não tenha acesso aos animais, principalmente quando moram outras pessoas na mesma residência. Se a pessoa que está doente tossir em cima do animal, ou às vezes falar próximo, ela pode, eventualmente, expelir partículas do vírus. E se esse animal for abraçado, tiver contato com outra pessoa, através do pelo ele pode transmitir uma partícula viral”.

Por fim, o médico-veterinário reforça que, hoje, os animais domésticos não representam perigo em relação ao coronavírus.

“Não há motivo para pânico e, principalmente, não há motivo para que se aumente o abandono dos animais na rua e acabe provocando um problema ainda maior”.

Cientistas ainda estudam a origem do novo coronavírus. Existe a hipótese de que a doença teria se originado a partir de morcegos em contato com animais do mercado da China, mas esta teoria ainda não foi comprovada cientificamente.

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