Acordo em reunião prevê abertura de mais 40 leitos de UTI nos hospitais de Campo Grande
Reunião na tarde desta sexta-feira (14) entre o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Prefeitura Municipal e diretores dos hospitais de Campo Grande acordou previamente que até o final de agosto, a expectativa é de que mais 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sejam abertos nos hospitais. Além dos 10 inaugurados […]
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Reunião na tarde desta sexta-feira (14) entre o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Prefeitura Municipal e diretores dos hospitais de Campo Grande acordou previamente que até o final de agosto, a expectativa é de que mais 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sejam abertos nos hospitais. Além dos 10 inaugurados no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) na última quinta-feira (6), os demais estariam sendo construídos no Hospital do Pênfigo.
A promotora de Justiça da saúde, Filomena Fluminhan comemorou o fato de Campo Grande ter ampliado os números de leitos de UTI. “Desde o início da pandemia houve um ampliamento dos leitos de UTI na Capital, de 116 para 312. Até o final de agosto, existe a previsão de mais 40 leitos. Dez foram inaugurados no Hospital Regional e 30 serão no Hospital do Pênfigo”. No Pênfigo, os leitos ainda não estão totalmente prontos.
Na reunião, ficou determinado também que os hospitais precisam atualizar os números de pacientes com covid-19 e internações duas vezes por dia. Neste caso, a promotora explicou que existiam casos que demoravam até 48 horas para serem atualizados.
A diretora-regional do HRMS, Rosana Leite apontou na reunião a situação atual do hospital, que é referência no tratamento de covid-19 no Estado, e mostrou preocupação com a quantidade de leitos ativos. Até o momento, dos 118 leitos para a doença, 111 estão ativos e que hoje, não existe a possibilidade da ampliação de mais leitos.
“Foi satisfatório, mas hoje estamos no limite do Hospital Regional. Não conseguimos mais ampliar leitos de UTI. Hoje no hospital existem 118 leitos para covid, desses 111 estão ativos. Ao nível do Brasil, a letalidade em Campo Grande é de 14%”, destaca.
A diretora detalhou que 38% dos médicos intensivistas estão instalados no Hospital Regional e alertou para carga de trabalho existente em cima deles. Segundo Rosana, pelo menos 28 médicos trabalham de 12 a 60 horas e “para cada ilha comporta 10 pacientes covid-19 e cada ilha precisa de três médicos: um coordenador, um intensivista e um plantonista”.
Rosana Leite esclareceu o trabalho do Hospital Regional durante a pandemia. Nos números trazidos pela diretora, ao todo no Estado, o hospital atendeu 1.869 pacientes com o coronavírus e desses 1.645 tiveram alta, 230 foram transferidos e foram registrados 267 óbitos e óbitos suspeitos pela doença.
O prefeito Marquinhos Trad também participou da reunião e relembrou que Campo Grande segue como uma das capitais com a menor taxa de letalidade do país. O chefe do executivo comemorou a saída do município da faixa preta para a faixa vermelha, mas explicou que todos precisam ter união no momento para combater a doença e evitar um colapso no sistema de saúde.
“Existe de uma necessidade de todos se reunirem e todas as equipes para salvar vidas. Somos a menor taxa de letalidade e a maior de recuperação. Tem um conjunto de estrutura humana que dá suporte para a estrutura material. Hoje ao nível nacional e estadual, de acordo com os boletins, saímos da faixa preta e estamos na faixa vermelha”.
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