Vítima de dengue hemorrágica, menino de 5 anos morre na Capital após 13 paradas cardíacas

A vida da família de Sidney dos Reis Nantes, de 5 anos, virou de cabeça para baixo em menos de 5 dias. O menino, descrito como uma criança forte e saudável, foi vítima de dengue hemorrágica e morreu nesta segunda-feira (25) após sofrer 13 paradas cardíacas. Os pais de Sidney peregrinaram por três dias seguidos […]

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A vida da família de Sidney dos Reis Nantes, de 5 anos, virou de cabeça para baixo em menos de 5 dias. O menino, descrito como uma criança forte e saudável, foi vítima de dengue hemorrágica e morreu nesta segunda-feira (25) após sofrer 13 paradas cardíacas.

Os pais de Sidney peregrinaram por três dias seguidos buscando diagnóstico e atendimento na UPA Universitário. Conforme a tia do menino, Camila Lima de Arruda, de 28 anos, se atendimento não tivesse sido tão negligente, criança teria tido a chance de se salvar.

Sidney apresentou os primeiros sintomas da doença na quinta-feira (21) e a família logo tratou de buscar uma orientação médica.

“Lá na UPA examinaram ele e disseram que poderia ser dengue, mas ficou por isso. Ele fez os exames e liberaram ele para ir para casa. A gente voltou no dia seguinte, na sexta-feira, e sabe o que aconteceu? Perderam o exame dele”, relatou Camila ao Jornal Midiamax.

Com o exame extraviado, Sidney permaneceu sem o diagnóstico e, enquanto isso, sua saúde só piorava. Novos exames foram feitos na sexta-feira e no sábado, o estado do menino assustou a família. Ele não comia e aquela imagem do menino forte começou a sumir, dando lugar a uma disposição debilitada.

“No sábado a gente voltou na mesma UPA e a médica que atendeu ele pegou os exames e já ordenou que ele fosse internado imediatamente porque era dengue hemorrágica”, disse a tia do garoto.

Com os hospitais lotados, a regulação saiu apenas no domingo (24). Internado na unidade, a vida do menino começou a correr sérios riscos pois, ao dar entrada no HU, por volta das 19h, Sidney sofreu sete paradas cardíacas e precisou ser reanimado.

“Ele apagou por 27 minutos. Os médicos reanimaram e assim que ele voltou, foi entubado imediatamente”, contou a tia do garoto. Pulmões e fígado já estavam debilitados, mas família ainda acreditava em uma ajuda divina.

“A gente ainda acredita em um milagre, porque no caso dele, só isso mesmo. A negligência do SUS com meu sobrinho foi demais. Se tivessem diagnosticado e internado ele antes, ele estaria bem”. Na manhã desta segunda-feira (25), Sidney sofreu mais oito paradas cardíacas e não resistiu. A notícia do falecimento veio minutos depois de Camila dar entrevista ao Midiamax.

Caso será investigado

A assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, nesses primeiros meses do ano, já foram registrados mais de 6 mil casos de dengue em Campo Grande e, no caso do atendimento a Sidney, a secretaria prometeu apurar se houve negligência.

Em janeiro desde ano foi expedido um protocolo técnicos que regula os atendimentos para casos de dengue, zika e chikungunya e definem o fluxo e, além disso, constantemente a secretaria tem realizado capacitações com a equipe de saúde para melhoria na identificação e notificação destas doenças. A SESAU lamenta pela perda e se solidariza com a família e está acompanhando o caso para apurar eventuais falhas no atendimento“, diz em nota.

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