VÍDEO: ‘Cristo’ formado por abelhas foi espetáculo breve que Cleberson teve sorte de ver

Abelhas migrantes – que saem das colmeias originais em forma de enxames para povoar uma nova colônia – são comuns em Mato Grosso do Sul. Mas, quantas delas assumem o formato de Cristo ao se amontoarem sobre algum local? Foi o que aconteceu em São Gabriel do Oeste, a cerca de 130 km de Campo […]

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Abelhas migrantes – que saem das colmeias originais em forma de enxames para povoar uma nova colônia – são comuns em Mato Grosso do Sul. Mas, quantas delas assumem o formato de Cristo ao se amontoarem sobre algum local?

VÍDEO: 'Cristo' formado por abelhas foi espetáculo breve que Cleberson teve sorte de ver
Um enxame normal (esq) e o ‘especial’ (dir) registrado por Cleberson (Foto: Apizzz Apicultura | Divulgação)

Foi o que aconteceu em São Gabriel do Oeste, a cerca de 130 km de Campo Grande, durante o mês de novembro de 2018. O biólogo e apicultor Cleberson Bervian, de 37 anos, fazia a captura de um enxame numa propriedade quando foi surpreendido com um segundo enxame, que se amontoou num poste e, de repente, tomou forma de Cristo.

“Foi algo inusitado. Eu estava capturando um enxame e de repente um outro se aproximou e ficou num poste. Aos poucos, eu vi que ele acabou se assemelhando muito com o Cristo Redentor, o Cristo de braços abertos, e resolvi fazer algumas imagens”, conta Cleberson, que só agora decidiu divulgar as imagens à imprensa.

Naquele dia, o apicultor considerou o enxame tão especial que resolver voltar em casa e buscar uma segunda caixa. “Eu vi que tinha rainha, então busquei uma nova caixa e coletei o enxame. Já cheguei a tirar mel dessa colmeia, inclusive, na última quinta-feira. Um mel muito saboroso”, conta.

Segundo Cleberson, que atua profissionalmente como apicultor desde 2015, foi a primeira vez que ele avistou um enxame num formato tão especial, num espetáculo que – vale destacar – é bastante efêmero.

VÍDEO: 'Cristo' formado por abelhas foi espetáculo breve que Cleberson teve sorte de ver
Abelhas africanizadas do apiário de Cleberson (Foto: Apizzz Apicultura | Divulgação)

“O enxame ficou no máximo dois minutos assim. Não sei te falar da raridade do evento, mas foi a primeira vez que vi. E prós amigos de apicultura para quem mostro as fotos, eles também dizem nunca terem visto. Fui sortudo”, considera.

A propósito, os dois enxames são de uma espécie híbrida de abelhas, conhecida como “abelha africanizada” (Apis mellifera Lepeletier), resultado do cruzamento entre abelhas europeias e africanas. Cleberson e o pai mantêm propriedade rural de cerca de 20 hectares em São Gabriel do Oeste, na qual cultivam dezenas de caixas com colmeias dessa espécie.

Belezas, sabores e perigos

Mas, além de fornecer o mel saboroso, essas abelhas podem ser perigosas. Cleberson, que além de apicultor também é biólogo, explica que muitos acidentes ocorrem durantes as migrações que, entre os mais diversos fatores, podem ser provocados por desmatamentos.

“Sou proprietário de uma empresa que faz resgates, a Apizzz Apicultura. Para você ter uma ideia, desde setembro até o momento, já efetuamos mais de 300 capturas. Somente em duas fazendas que atendemos, foram 66 enxames em um mês”, conta.

Segundo ele, as migrações ocorrem quando a população de uma colmeia cresce demais ou quando os recursos ficam limitados. Assim, cerca de 40% da colônia parte com a rainha para fundar uma nova colmeia, deixando a antiga para trás, onde uma nova rainha é gerada.

VÍDEO: 'Cristo' formado por abelhas foi espetáculo breve que Cleberson teve sorte de ver
Cleberson, durante manejo do apiário (Foto: Apizzz Apicultura | Divulgação)

“Só que entre a uma floresta e outra, as abelhas encontram lavouras, pastos e a própria cidade. Por isso ocorrem tantos acidentes, muitos deles fatais. Pessoas que têm alergia podem morrer com apenas uma ferroada de abelha”, revela.

O apicultor conta, inclusive, que há casos de enxames que frequentemente prejudicam atividade rural. “Por exemplo, quando um trabalhador para por 40 minutos para almoçar e não consegue voltar para o trator porque tem um enxame ali. Isso é mais comum do que a gente imagina e nesses casos só gente especializada pode intervir”, conclui.

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