Secretário de Saúde diz que terceirização não é saída para resolver problemas do HRMS
Diante dos problemas enfrentados no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), o secretário Geraldo Resende negou que a terceirização seja a saída. De acordo com o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o termo ‘terceirização’ é pejorativo, quando a alternativa mais adequada seria a viabilização de uma PPP (Parceria Público-Privada). Responsável […]
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Diante dos problemas enfrentados no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), o secretário Geraldo Resende negou que a terceirização seja a saída. De acordo com o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o termo ‘terceirização’ é pejorativo, quando a alternativa mais adequada seria a viabilização de uma PPP (Parceria Público-Privada).
Responsável pela segunda maior demanda em saúde do Estado, o Hospital Regional ainda enfrenta problemas e é alvo de investigação. Segundo o secretário, a terceirização não é a saída. “Quem está envolvido com isso são empresas que estão mais interessadas em manter status do que realmente fazer a mudança. Precisamos ver novas formas de governança e não necessariamente caminhar para uma terceirização”, diz.
A sugestão dada pelo secretário de saúde é que o Hospital se torne uma PPP (Parceria Publico-Privada) ou OS (Organização Social). Resende cita o Hospital de Santa Maria, do DF, como exemplo. “No Distrito Federal, há um instituto para administrar o hospital de base. Existem organizações sociais que estão presentes no país e na administração de hospitais que tem avaliações positivas. Queremos iniciar esse processo de discussão para quando apontar uma nova forma de governança, termos todo cuidado para dar um resultado concreto”, explicou.
Resende ainda frisou que nenhum hospital do país que tenha administração direta do Estado, União ou Município, tem um bom exemplo para dar.
Custos
O Regional tem despesas expressivas, sobretudo com funcionários. Conforme o ex-diretor Márcio Eduardo de Souza Pereira, em 2018, o gasto com pessoal representou R$ 223,13 milhões e com prestadores de serviços somou R$ 48,48 milhões. De 2012 a 2018, houve crescimento de 29% no quadro de funcionários ativos do hospital, de 1.546 para 1.997. No período, o comprometimento da receita com despesa com pessoal subiu de 66% para 70%.
Além desses dados, o diretor informou situações relativas a problemas diversos enfrentados pelo hospital. Ele disse que a taxa de absenteísmo (prática habitual de ausência no trabalho, de descumprimento de deveres, seja por falta, atraso, desmotivação ou outro motivo) do hospital está acima da média, com alta de 3,73% do fim do ano passado a março deste ano. De acordo com ele, há setores com produção considerável, mas outros, no entanto, produzem pouco.
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