Servidores da UFMS e IFMS prometem ‘jornada de luta’ contra reforma da previdência de Bolsonaro

A proposta de reforma da previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve enfrentar resistência de entidades classistas. O Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Educação de Mato Grosso do Sul) promete uma ‘jornada de lutas’ e interlocução com o Congresso para […]

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A proposta de reforma da previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve enfrentar resistência de entidades classistas. O Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Educação de Mato Grosso do Sul) promete uma ‘jornada de lutas’ e interlocução com o Congresso para tentar barrar a proposta.

“É um projeto que penaliza os trabalhadores em geral, na realidade, aumenta tempo de contribuição, aumenta alíquota, dificulta acesso das pessoas à aposentadoria, no caso dos servidores públicos penaliza mais”, afirmou Waldevino Basílio, coordenador-geral do Sista.

Para o sindicalista, a discussão da reforma da previdência também diz respeito a outros pontos, como a questão social. Ele também afirma que a proposta indica possível redução nos valores de aposentadorias a serem pagos aos trabalhadores.

Outro ponto que é alvo de críticas do Sista, é a proposta que aumenta para 40 anos o tempo de contribuição para garantir ao trabalhador acesso à integralidade de sua aposentadoria.

Basília, que representa um sindicato com mais de 3,2 mil servidores federais em Mato Grosso do Sul, revelou que a partir de 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, entidades e centrais sindicais começarão uma jornada para pressionar os parlamentares a rejeitar a proposta apresentada pelo governo federal.

“O brasil não se preocupa em cobrar dívidas dos grandes sonegadores, tem um monte de isenção fiscal que prejudica a previdência e ninguém fala nada”, argumenta.

Proposta

Apresentado no congresso pelo presidente Jair Bolsonaro, o projeto de reforma da previdência também propõe idade mínima para aposentadoria para homens, de 65 anos, e de 62 anos para mulheres, além de um período de transição de até 14 anos.

Salários mais altos que o teto terão, de acordo com o texto, aumento considerável na alíquota de contribuição. Com a proposta, a contribuição será de 11,68% a 12,86% para os salários de R$ 5.839,46 a R$ 10 mil; de 12,86% a 14,68%, até R$ 20 mil; de 14,68% a 16,79%, até R$ 39 mil, e até 22% para quem ganha mais que R$ 39 mil.

Regimentalmente, a  proposta será submetida à análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, e depois será discutida e votada em uma comissão especial da Casa, antes de seguir para o plenário.

No plenário, a aprovação do texto depende de dois turnos de votação com, no mínimo, três quintos dos deputados (308 votos) de votos favoráveis. Em seguida, a proposta vai para o Senado cuja tramitação também envolve discussão e votações em comissões para depois, ir a plenário

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