Após a interdição e apreensão de quatro ônibus escolares, nos dias 28 e 29 de novembro, da empresa Miracar, em , a 68 quilômetros de Campo Grande, uma vistoria em mais oito veículos resultou na apreensão de mais dois veículos da mesma empresa.

De acordo com o delegado Nilson Friedrich, nesta quarta-feira (4), foram realizadas vistorias em oito ônibus por um técnico do -MS, requisitadas pelo Ministério Público, que resultaram na apreensão de mais dois veículos. “Foram problemas graves nesses dois veículos. Eles estavam sem freios, equipamento obrigatório de segurança e um problema grave no motor”, disse ao Jornal Midiamax.

A empresa é responsável por 16 linhas das 21 de transporte escolar no município. Os responsáveis da Miracar já foram ouvidos e os dois novos veículos foram inseridos no inquérito aberto na última semana.

Os seis veículos estão sob a responsabilidade da própria empresa, porém seguem impedidos de circular. “Eles estão depositados junto a empresa Miracar para que os proprietários regularizem a situação dos veículos e então nós possamos liberar para a circulação”, destacou o delegado Nilson.

“Estamos aguardando o laudo pericial dos quatro veículos, desses dois dispensei a perícia porque o laudo técnico do Detran substitui. Para voltarem a rodar, a empresa precisa apresentar o laudo de vistoria e autorização do Detran com base no laudo do engenheiro mecânico”, explicou Friedrich.

Ainda conforme o delegado, nesta semana também, a polícia identificou que o técnico responsável pela vistoria que liberou os veículos, diferente do que teria sido divulgado preliminarmente pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), não é credenciado ao Detran-MS. “A legislação tem uma brecha e permite que a empresa contrate alguém para realizar a vistoria, ele emite o laudo e leva ao Detran para que o veículo seja liberado para rodar. Então esse técnico é um engenheiro mecânico e profissional autônomo e pode responder por falsidade ideológica”, ressaltou.

Além disso, o delegado informou que os gestores do município, bem como o profissional que vistoriou os veículos não foram ouvidos. “Ainda vamos ouvir os gestores do município e o técnico que liberou os ônibus, diante disso vamos analisar a responsabilidade de cada um dos envolvidos na liberação desses veículos e dependendo da situação poderão responder pelo crime de expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente”, concluiu.